Fadiga mental: a ansiedade alimentada pelo vício da recompensa.
A minha teoria que relaciona a fadiga mental à ansiedade e a dopamina foi publicada na revista científica internacional Web Of Science and Scopus.
Como neurocientista estudo também como o descontrole hormonal pode ter relação com os transtornos de ansiedade e depressão.
Quantas vezes você começou a ler um texto e, antes mesmo de chegar ao final, se sentiu cansado demais para continuar a leitura?
Apesar de não entender muito bem o motivo desse “cansaço”, é comum associá-lo à preguiça e ao acúmulo de obrigações do dia a dia.
Porém a “falta de vontade” está relacionada a uma condição genética.
Ao contrário do que muitos pensam, não estamos mais cansados porque fazemos mais coisas. Na realidade, pensamos mais e fazemos menos, estamos fadigados devido a uma disfunção relacionada à ansiedade. Faltam-nos gatilhos para iniciar processos que buscam uma conclusão, fantasiamos as metas, mas não há força para iniciar o projeto.
Minha teoria publicada na Revista científica Brazilian Journal of Development indexada a Qualis CAPEs B2 Brasil e a internacional, a Web Of Siencie e Scorpus, mostra que o ser humano está burlando a sua identidade genética e, neste momento, sofre as consequências disso. É fato que estamos “viciados” em dopamina, que é um hormônio neurotransmissor que influencia o nosso humor, e ele está relacionado à recompensa.
Estamos sempre em busca de aumentar sua produção, mas sem querer fazer esforço para alcançá-la.
Esse ciclo está nos forçando a um descontrole desse hormônio ou forçando a sua produção por introdução medicamentosa. Por isso, há tantos casos de síndromes, transtornos de ansiedade, depressão, e claro, o cansaço.
Além da sobrecarga mental, as consequências dessa “busca pela recompensa”, podem afetar também a parte física.
O excesso de ansiedade sobrecarrega o corpo com hormônios de estresse, como o cortisol, por exemplo. O cortisol é um regulador do estresse, porque é responsável por manter nossa imunidade e eliminar o que tem de ruim em nosso organismo.
Esse esforço constante em combater o estresse exige um gasto de energia que leva à fadiga, já que o corpo está desprovido de energia.
O estresse constante leva à fadiga crônica e a ansiedade sobrecarrega o corpo, ocasionando a exaustão.
O melhor remédio para combater essa doença, que pode levar inclusive à morte prematura, são os hábitos, que vão, desde a alimentação até à rotina de organização com exercício físico, metas alcançáveis, lazer, e interação com outras pessoas.
*Foto de Jen Theodore no Unsplash
*texto de Fabiano de Abreu – Doutor e Mestre em Psicologia da Saúde pela Université Libre des Sciences de l’Homme de Paris; Doutor e Mestre em Ciências da Saúde na área de Psicologia e Neurociência pela Emil Brunner World University;Mestre em psicanálise pelo Instituto e Faculdade Gaio,Unesco; Pós-Graduação em Neuropsicologia pela Cognos de Portugal;Três Pós-Graduações em neurociência,cognitiva, infantil, aprendizagem pela Faveni; Especialização em propriedade elétrica dos Neurônios em Harvard;Especialista em Nutrição Clínica pela TrainingHouse de Portugal.Neurocientista, Neuropsicólogo,Psicólogo,Psicanalista, Jornalista e Filósofo integrante da SPN – Sociedade Portuguesa de Neurociências – 814, da SBNEC – Sociedade Brasileira de Neurociências e Comportamento – 6028488 e da FENS – Federation of European Neuroscience Societies-PT30079.
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