Tenha empatia. Há uma criança escondida em cada adulto em construção.

A maior causa do fracasso nas relações, é a raiva. Raiva por não ter nossas necessidades atendidas num relacionamento, por termos sido criticados pelo nosso comportamento, pelo rejeição do outro, o que marca nossa memória, pois fere o Ego e abala a autoconfiança.

Mas a raiva não surge da noite para o dia. Ela é uma capa de proteção para esconder a fragilidade das nossas emoções. E este “modus operandi” de defesa, tem inicio na infância, e vai sendo alimentado pelas memórias que escolhemos absorver.

Nossas frustrações, alimentadas pela raiva, tem uma causa que, muitas vezes, nos negamos a enxergar o porquê, devido ao nosso maior medo: o de sermos rejeitados.

Por esta razão, antecipamos o fim daquilo que poderia ser um lindo recomeço. Como uma autosabotagem.

A tristeza não deve ser reprimida, mas integrada. Ela nos lembra de lidarmos melhor com nossas perdas e dividir nossas emoções com as pessoas que fazem parte da nossa vida.

Porém, quando as emoções são maléficas, o medo arruína as relações e a insegurança traz a depressão e a raiva.

Quando você faz uma viagem feliz, e no último dia sua bagagem é extraviada ou acontece algo que “estraga” as férias perfeitas, as memórias alegres são substituídas pelas do medo. Então, você tende a focar no negativo somente.

Muitas pessoas ocultam uma dor profunda por meio da raiva. Pessoas raivosas querem se sentir auto capacitadas quando impotentes numa situação. Como substituição da dor para se sentirem poderosas.

Há pessoas que, quando muito magoadas, usam a raiva como mecanismo de defesa pois cresceram ouvindo que contos de fadas tem sempre finais felizes. E assim, evitam quando a outra pessoa se aproxima demais.

Ou seja, quando somos magoados ou achamos que seremos magoados, a raiva surge para restabelecer o controle.

Você já se perguntou por que algumas pessoas raivosas explodem com a menor provocação?

Segundo os psicólogos, pessoas raivosas atacam para se defender e muitas vezes não mostram o que, de fato, está no seu íntimo.

Se na infância a raiva foi usada para chamar a atenção, provavelmente este adulto usará o mesmo artifício na vida adulta, muitas vezes disfarçando a raiva, com o silêncio, mas extravasando em atos de altivez.

O bom e velho: ” Foha-se, eu não ligo”.

Se este adulto não viveu uma infância feliz, e se escutou promessas de “Tudo terminará bem” e não terminou, ele até vai dar inicio às relações, mas se algo não sair como planejado, ele oscilará entre raiva e tristeza.

A tristeza não deve ser reprimida, mas integrada.

Nós não somos o que fizeram conosco.

Nós somos o que escolhemos nos tornar, APESAR do que fizeram conosco.

Não invada as dores do outro pois é um terreno deveras pantanoso. Ao invés disto, sente-se ao seu lado em completo silêncio de seu pré-julgamento.

Ninguém é obrigado a corresponder nossas expectativas pois, se o fizesse, perderia o seu maior encanto:

Sua individualidade.

Deixe que, no tempo propício, por espontânea vontade, a pessoa se abra contigo.

No amor e na amizade, a premissa da relação sempre deve ser o respeito.

Está na compreensão.

Até porque, o segredo de uma relação bem sucedida é aquela em que o melhor amigo também é o nosso amor.

Não permita que os traumas da criança estraguem o futuro do adulto.

*Foto de Jude Beck no Unsplash

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Sou jornalista de espírito vintage, que ama compor músicas ,pintar, e escrever sobre assuntos voltados à compreensão das relações humanas e da profundidade da alma. Acredito que as duas maiores forças que possuem o poder de mudar o nosso dia a dia são o Amor e a Empatia. Grata por compartilhar com vocês esta jornada.