BBB 21: Ninguém aguenta mais essa diarreia de regras
É perfeitamente possível ler filosofia e acompanhar o BBB. Formar-se em piano clássico e cantar pagode no churrasco. Assistir a filmes do Godard e também a seriados melosos na Netflix.
Conselhos são bons quando a gente pede e, melhor ainda, quando são dados por quem sabe sobre a nossa história. Quando não ocorrem nesse contexto, trata-se de palpites, como que uma intromissão naquilo que ninguém pediu.
E, ultimamente, talvez por conta da exposição pelas redes sociais, parece que as pessoas estão cada vez mais enxeridas e invasivas.
Que preguiça.
Tem muita gente por aí, principalmente na internet, ditando regras de tudo quanto é tipo, sobre comportamento, relacionamento, entre outros.
Isso não é ruim, afinal, muitas vezes, lermos uma mensagem positiva nos dá um ânimo incrível.
O problema é quando essas reflexões querem consolidar o que é certo ou errado, menosprezando aquilo com o que não se concorda, atacando sem o benefício da dúvida e da justificativa alheia.
Isso fica evidente quando, não raro, vemos alguém diminuindo e ridicularizando certos programas de TV, livros, tipos de música, estilos de se vestir.
Querem ditar o que é melhor, mais culto, mais bonito, o que é superior. E, pior, atrelam a inteligência da pessoa ao que ela lê, ouve, assiste, veste.
Como se alguém pudesse ser inferior a outrem, comparando os seus gostos e estilos de vida. Como se houvesse um check list para saber quem é intelectual ou não, por exemplo.
Você provavelmente já viu alguém se espantar com algum tipo de música de que você gosta ou com algum programa a que você assiste.
O outro demonstra espanto e menosprezo, ao mesmo tempo, como se estivesse questionando as suas escolhas, como se elas não estivessem condizendo com a sua suposta superioridade.
Isso é muito irritante.
Quem, afinal, tem o direito de determinar o que é melhor ou pior?
A gente ouve a música que quiser, a gente assiste ao que desejar, por favor.
Enfim, é perfeitamente possível ler filosofia e acompanhar o BBB.
Formar-se em piano clássico e cantar pagode no churrasco.
Assistir a filmes do Godard e também a seriados melosos na Netflix.
Parem de ditar o que é culturalmente aceitável.
Ninguém aguenta mais essa diarreia de regras.
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