QUEM NÃO TEM ARGUMENTOS NÃO CONVERSA, DISCUTE

O ser humano é um “indivíduo relacional”, portanto, paradoxal. Como indivíduos somos inteiros, indivisíveis, não precisamos de ninguém. Mas queremos!

Queremos nos relacionar, conversar, trocar, socializar. E é justamente nessa ânsia por se fazer entender, que o ser humano acaba criando conflitos, que quando mergulhados em emoções desequilibradas se transformam em confrontos.

Quando nosso ego é maior que o nosso argumento, as chances de uma conversa e tornar discussão são enormes.

Mas quando temos um vasto vocabulário, conhecimento de causa, e utilizamos as palavras certas na hora certa, temos mais chance de nos expressar de forma assertiva, sem produzir enganos e “ruídos na comunicação.

A maior ferramenta do ser humano é a linguagem, o diálogo.

Se há sentido e significado no que falamos, fica mais fácil o outro compreender nossos argumentos. Mas mesmo com muitos argumentos, a conversa pode se transformar em uma discussão sem fim, caso o outro não tenha argumentos melhores para rebater a nossa tese.

Ainda que não haja ponto de convergência, precisamos entender que quando conversamos e colocamos nossos argumentos contrários, estamos contra uma ideia e não contra uma pessoa.

A resolução diplomática dos problemas consiste no poder e força das palavras que usamos.

Argumentar com informações que carreguem fatos comprovados, que traduzem a verdade, com estatísticas e conhecimento é conversar com bases fortes. Essa postura elegante garante um diálogo construtivo, produtivo, e até didático, e não uma discussão ou briga.

Quem se baseia nos próprios achismos e julgamentos para iniciar uma conversa, não tem informação consistente, não é coerente em suas falas, não ouve e não consegue “interpretar” o que lhe é dito.

E por não ter argumentos suficientemente embasados em teoria e experiência de vida, acaba sempre transformando qualquer conversa em embate.

Perceba que pessoas assim acabam solitárias porque a sua opinião é sempre em tom de crítica e julgamento, e se colocam em uma posição defensiva como se a sua melhor ação fosse o ataque.

Ao menor sinal de aproximação de uma pessoa assim, afaste-se e nem tente iniciar uma conversa porque ela será contraprodutiva.

*texto de Fabiano de Abreu – Doutor e Mestre em Psicologia da Saúde pela Université Libre des Sciences de l’Homme de Paris; Doutor e Mestre em Ciências da Saúde na área de Psicologia e Neurociência pela Emil Brunner World University;Mestre em psicanálise pelo Instituto e Faculdade Gaio,Unesco; Pós-Graduação em Neuropsicologia pela Cognos de Portugal; Três Pós-Graduações em neurociência,cognitiva, infantil, aprendizagem pela Faveni; Especialização em propriedade elétrica dos Neurônios em Harvard; Especialista em Nutrição Clínica pela TrainingHouse de Portugal. Neurocientista, Neuropsicólogo, Psicólogo, Psicanalista, Jornalista e Filósofo integrante da SPN – Sociedade Portuguesa de Neurociências – 814, da SBNEC – Sociedade Brasileira de Neurociências e Comportamento – 6028488 e da FENS – Federation of European Neuroscience Societies-PT30079. E-mail: [email protected].

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Fabiano de Abreu Rodrigues é psicanalista clínico, jornalista, empresário, escritor, filósofo, poeta e personal branding luso-brasileiro. Proprietário da agência de comunicação e mídia social MF Press Global, é também um correspondente e colaborador de várias revistas, sites de notícias e jornais de grande repercussão nacional e internacional. Atualmente detém o prêmio do jornalista que mais criou personagens na história da imprensa brasileira e internacional, reconhecido por grandes nomes do jornalismo em diversos países. Como filósofo criou um novo conceito que chamou de poemas-filosóficos para escolas do governo de Minas Gerais no Brasil. Lançou o livro ‘Viver Pode Não Ser Tão Ruim’ no Brasil, Angola, Espanha e Portugal.