Reclamar é fácil. Reclamar é gostoso. Reclamar faz parte da vida. Se queremos mudanças, precisamos reclamar. Reclamar, reclamar, reclamar. Mas aí eu percebi, em dado momento, que reclamar também era chato. Para mim e para a pessoa que ouvia. E, nesse momento, eu parei pra pensar: se eu estiver incomodada com alguma coisa, reclamar é a melhor maneira de resolvê-la?
E não me leve a mal: reclamar às vezes vai bem. É só uma forma de desabafo. Tem dias que a gente não está com saco para resolver nada – só quer dar uma reclamadinha. E tá tudo certo. O problema é quando a gente não faz isso conscientemente. E aí “reclamar” vira parte da vida.
Agora, por que nós reclamamos? Seguem algumas sugestões de especialistas*:
1- Para aliviar o estresse
2- Porque não podemos efetivamente resolver o problema e ficamos p*tos
3- Porque estamos, no fundo, com uma depressão ou entrando em uma
4- Porque faz parte da cultura familiar que a gente está inserido
5- Porque queremos atenção
Minha preocupação com relação às reclamações é sobre o ciclo negativo que elas geram. Eu já percebi que, quando reclamo, nunca estou no meu estado “normal”. E, se começo a reclamar, já me sinto até meio errada fazendo isso. Porque eu aprendi outra maneira de resolver as coisas. Seguem tais maneiras, a fim de ajudar:
Meditar. Incorporar o hábito diário da meditação me ajudou a ser mais centrada e a lidar melhor com as questões diversas da minha vida através de reflexões mais profundas. Se algo estiver me incomodando, eu vou dentro de mim buscar as respostas para a solução, que pode inclusive não existir. E aí o budismo me ensinou que, se algo tem solução, não preciso me preocupar; se não tem, também não preciso. É difícil mas é simples, ao mesmo tempo.
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Parar de me cobrar perfeição. Não, a Thais do Vida Organizada não é perfeita. E nem espero que ninguém seja. Cometo erros, faço besteiras, como todo mundo. E às vezes essas besteiras geram situações que me deixam chateada. Mas reclamar não adianta. É aceitar o erro, pedir desculpas quando for o caso, e bola pra frente. Aprendi e procuro não fazer de novo.
Não aumentar a coisa toda. Muitas vezes, ao reclamar, parece que o problema todo vai tomando uma dimensão maior.
Manter uma atitude mental positiva. Essa corta qualquer reclamação no ato.
Fazer terapia. Se for para reclamar, faça no lugar certo e com a pessoa certa. Não sobrecarregue seus amigos e familiares, que provavelmente não saberão lidar com a questão.
Use este post de hoje para reparar se você tem feito da reclamação um hábito. O primeiro passo para solucionar qualquer problema é reconhecer que ele existe, quando existe.
*Revista Psychology Today – Dr. Robert Taibbi