A espiritualidade espera que os sensitivos se conectem. Não só entre eles, mas com o universo.
Se vocês acreditam possuir ou conhecem alguém que possui os dons da mediunidade… Já devem ter feito essa pergunta… O que querem de mim? Porque eu tenho essas visões, ou escuto essas coisas, ou… o que querem me dizer com esse sentimento estranho que carrego a dias…
Segundo relatos espíritas a mediunidade pode ser muito boa para o burilamento do espírito, mas não contribui para os prazeres do mundo. O maior contentamento que provém dela, é o de podermos ser úteis, sem que os outros saibam de nossa utilidade, procurando perdoar os irmãos, sem “vislumbres de humilhação”.
Para isso, devemos nos recolher de quando em vez ao silêncio, que afirmam ser o melhor lugar para quem deseja esquecer o mal. Aconselham a não remoermos ressentimentos, mesmo que tenhamos sido prejudicados, dizem que é para não entrarmos na mesma faixa energética do nosso malfeitor.
Tais ensinamentos nos ajudam a recuperar o equilíbrio e separar quais são os nossos pensamentos e quais são os conselhos ou as sugestões externas. Até por isso, dizem que devemos esquecer todas as ofensas.
“Eis aí o perdão que liberta todas as tentações das trevas”.
A confiança em Deus é fundamental para quem possui faculdades mediúnicas. A fé faz com que a “confiança”, no sentido de proteção, dos médiuns e dos sensitivos, seja maior do que qualquer investida do mal, confiança essa que nos faz fortes para enxergar a luz, mesmo naqueles que a odeiam.
A fé nos protege e nos livra de muitas enrascadas, todos hão de convir.
Os sensitivos nunca devem perder a fé, porque a confiança nos poderes de Deus nos coloca em serviço, e o serviço nos enobrece!
Para se tornar médium, o sensitivo precisa ter consciência de algumas particularidades:
1- Ter disciplina e confiança em Deus;
2- Ter constância na execução das tarefas (Não fazer nada pela metade);
3- Estar em uma busca constante de novos conhecimentos;
4- Compreender que: Esforço demanda tempo, realização não se improvisa;
5- Deve dar tempo ao tempo e não desejar realizações rápidas e nunca brincar com esses fenômenos;
6- Ter consciência que necessita educar a alma, corrigir a mente, para que o coração se esclareça
“Quanto melhor a qualidade e a variedade dos conhecimentos do médium, mais fácil e de melhor nível serão as comunicações. O que leva a complicações e até obsessões graves é entregar-se cegamente à experimentação sem apoio, sem orientação e sem estudo”.
Se você se enquadrou perfeitamente nessas linhas, leia, estude, observe, medite, pergunte a quem saiba, permaneça vigilante e ore com frequência para se manter pronto para servir, quando e onde puder.
Eu indico para os leitores que possuem a sensibilidade mediúnica de comunicação com espíritos que assistam esse vídeo do Divaldo Franco:
Mediunidade e animismo
Divaldo Franco comenta sobre mediunidade, animismo e o processo inicial destes nos médiuns de psicofonia.Para aprendermos um pouco mais sobre o assunto, segue artigo de Marta Antunes de Moura, publicado no site da FEB.MEDIUNIDADE e ANIMISMOSão fenômenos naturais do psiquismo humano, classificados pela Doutrina Espírita em duas categorias básicas: os mediúnicos e os anímicos (do grego, anima=alma), Os primeiros são intermediados pelos médiuns: “médium é toda pessoa que sente, num grau qualquer, a influência dos Espíritos. Essa faculdade é inerente ao homem e, por conseguinte, não constitui um privilégio exclusivo. (…).”[1] Os segundos, mais propriamente denominados de emancipação da alma, pela Codificação Espírita, são produzidos pelo próprio Espírito encarnado.O intercâmbio entre um plano e outro da vida pode, então, ser regularmente estabelecido por meio de duas vias: a mediúnica e a anímica, Pela via mediúnica o Espírito renasce como médium, pessoa possuidora de uma organização física apropriada, sensível.[2] Pela outra via, a comunicação é realizada pelo próprio encarnado, quando este se encontra no estado de emancipação da alma, vulgarmente conhecido no meio espírita como anímico ou, ainda, de desdobramento espiritual.As duas vias de comunicação usualmente se sobrepõem, de forma que não é fácil discernir quando um fenômeno é exclusivamente mediúnico ou anímico. A prática mediúnica é denominada mediunismo, a anímica de animismo.Todas as manifestações mediúnicas (psicofonia, psicografia, vidência, audiência, intuição, cura, etc.), classificadas por Allan Kardec em fenômenos de efeitos físicos e fenômenos de efeitos inteligentes, trazem o teor anímico do médium, uma vez que este não age como uma máquina, na recepção e transmissão da mensagem do Espírito comunicante. Funciona como um intérprete do pensamento do Espírito, imprimindo naturalmente às comunicações mediúnicas que intermedia características peculiares de sua personalidade: “(…) É por isso que, seja qual for a diversidade dos Espíritos que se comunicam com um médium, os ditados que este obtém, ainda que procedendo de Espíritos diferentes, trazem, quanto à forma e ao colorido, o cunho que lhe é pessoal.(…)”[3], afirmam Erasto e Timóteo em mensagem que consta de O Livro dos Médiuns. Allan Kardec, por sua vez, acrescenta:O Espírito do médium é o intérprete, porque está ligado ao corpo que serve para falar e por ser necessária uma cadeia entre vós e os Espíritos que se comunicam, como é preciso um fio elétrico para transmitir uma notícia a grande distância, desde que haja, na extremidade do fio, uma pessoa inteligente que a receba e transmita.[4]Para que ocorram fenômenos anímicos faz-se necessário que o perispírito do encarnado desprenda-se, parcial e momentaneamente, do seu corpo físico. Nestas circunstâncias, a alma toma conhecimento da realidade extrafísica, percebendo-a de acordo com o seu entendimento. Nestas circunstâncias, pode entrar em comunicação com outros Espíritos desencarnados e encarnados. Durante esse desprendimento (ou emancipação), que pode ser mais ou menos duradouro, diz-se que o Espírito do encarnado encontra-se desdobrado, em estado semelhante ao do transe, situado entre a vigília e o sono.A priori, não há médium totalmente passivo, ou seja, aquele que não interfere na transmissão da mensagem, como ensina o Codificador:É passivo [o médium] quando não mistura suas próprias ideias com as do Espírito que se comunica, mas nunca é inteiramente nulo. Seu concurso é sempre necessário, como o de um intermediário, mesmo quando se trata dos chamados médiuns mecânicos.[1]Há, contudo, casos de manifestações anímicas associadas à obsessão, às vezes despercebidos no grupo mediúnico. Atentemos a este esclarecimento do Espírito André Luiz:Neste aspecto surpreendemos multiformes processos de obsessão, nos quais Inteligências desencarnadas de grande poder senhoreiam vítimas inabilitadas à defensivas, detendo-as, por tempo indeterminado, em certos tipos de recordação, segundo as dívidas cármicas a que se acham presas.Frequentemente, pessoas encarnadas, nessa modalidade de provação regeneradora, são encontráveis nas reuniões mediúnicas, mergulhadas nos mais complexos estados emotivos, quais se personificassem entidades outras, quando, na realidade, exprimem a si mesmas, a emergirem da subconsciência nos trajes mentais em que se externavam noutras épocas, sob o fascínio constante dos desencarnados que as subjugam.[2]Vemos assim, a necessidade, sempre presente, da aquisição do conhecimento espírita e o desenvolvimento do espírito de fraternidade, aconselhado por Jesus, a fim de analisar o assunto com maturidade e discernimento espirituais.[1] Allan Kardec. O Livro dos Médiuns. Pt. 2, cap. XIV, it. 159, pág. 257.[2] Ibid., pág.258.[3] Ibid., cap. XIX, it.225, pág. 353.[4] Ibid., it.223, q. 6, pág. 341.[5]Allan Kardec. O Livro dos Médiuns. Pt. 2,cap. cap. XIX, it. 223, q. 10, pág. 343.[6] Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira. Mecanismos da Mediunidade. Cap, 23, it. Obsessão e animismo, pág. 181/182.ReferênciasKARDEC, Allan. O livro dos Médiuns. Trad. Evandro Noleto Bezerra.1ª ed. 2ª reimp. Rio de Janeiro: FEB Editora, 2011.XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo. Mecanismos da Mediunidade. Pelo Espírito André Luiz. 26.ª Rio de Janeiro: FEB Editora, 2006.
Publicado por Estudando Doutrina Espirita em Terça-feira, 29 de maio de 2018
FONTES: “Segurança Mediúnica” – de Miramez, através de João Nunes Maia – Fonte Viva. (2) “Mediunidade e Evolução” – Martins Peralva – FEB
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