O que um vaidoso orgulhoso preferiria: A autodestruição ou a desgraça? Difícil escolha, não é mesmo? Mas acredite, a sua vaidade exagerada poderá te levar apenas a um desses dois caminhos, e o caminho do meio, é a solidão.

A vaidade está intimamente relacionada ao pecado do orgulho e da soberba.

Quando a pessoa se considera melhor do que as outras, quando ela se sente superior, e acredita que todas as outras pessoas lhe devem obediência, ou que todos deveriam estar disponíveis para ela a qualquer momento, ou até mesmo, devem acatar as suas “ordens”, ou simplesmente, acreditam que essas pessoas são inferiores, independente do sentido de ordem: é sinal de que essa pessoa está cegamente dominada pela “soberba vaidade”.

Aquele que possui orgulho excessivo, e se deixa dominar pela arrogância, acaba se tornando refém da vontade incontrolável de atrair a atenção das outras pessoas para si. E a partir daí, se torna uma vítima da própria imagem e da necessidade de ser admirado, desejado e respeitado por todos.

A vaidade excessiva pode fazer com que pensemos estar em um degrau muito mais alto do que realmente estamos.

A vaidade é algo natural e faz parte do nosso instinto de competição em vários sentidos. Um pouco de vaidade é necessário para que possamos nos motivar a sobressair, conquistar e ser conquistado, porém, é saudável apenas quando nos ajuda a aguçar a nossa autoestima.

Quando esse sentimento de autoestima extrapola o bom senso, passamos a nos motivar apenas pelo poder e pela ambição de alcançar posições mais altas, e não mais visamos satisfação pessoal, na verdade, estamos dominados pela ganancia.

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Para que nos considerem os melhores, passamos por cima do outro, destruímos reputações, tudo para chegar ao “topo do mundo”!

Queremos possuir a beleza, a fortuna, e o poder necessários para que NINGUÉM possa barrar as nossas decisões, e escolhas.

Nesse cenário a vaidade extrema se liga a inveja desmedida, já que o vaidoso inconformado é aquele que não suporta que NINGUÉM seja mais bonito que ele, que NINGUÉM tenha mais dinheiro e poder do que ele, e o que mais almeja: que NINGUÉM possua mais autoridade que ele nos assuntos que lhe são caros.

É muito fácil sofrer com a vaidade extrema hoje em dia

Estamos na era da vaidade excessiva e a rede social vem auxiliando nessa insanidade inconsciente em buscar a aprovação alheia através dos likes e dos comentários.

Buscamos os melhores cenários, as locações mais belas e elitizadas para tirar uma “selfie” e mostrar pro “mundo” o quanto somos bonitos e felizes. Mas na verdade estamos revelando o quanto somos vaidosos e o quanto necessitamos da aprovação dos outros.

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A mídia social está fazendo do pecado da vaidade o primeiro colocado dos pecados. A necessidade do ter em detrimento a valorização do ser. Quanto mais felizes estamos, quanto mais dias incríveis, quanto mais viagens e momentos inesquecíveis tivermos para postar nas redes sociais, melhor.

Queremos contar vantagem em cima de tudo e de todos.

E por que fazemos isso?

O vaidoso inveterado não se conhece profundamente, e não gosta do que vê no espelho, por isso, busca meios de se sentir melhor, seja com vários procedimentos estéticos, ou se autoafirmando energeticamente ao buscar, incansavelmente, dominar espaços que não pertence. E para isso, usa máscaras para ser o que não é, pois nem ele mesmo sabe quem é.

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A moda do funk ostentação por exemplo propaga a vaidade numa zona preocupante. É o perigoso querer ter mais do que se pode ter. E ter que mostrar mais do que deveria mostrar, induzindo também uma cultura social de ostentação.

O orgulho pode te levar a autodestruição

O sujeito orgulhoso e vaidoso não aceita ser contrariado. Geralmente ele acredita que seus feitos são incrivelmente originais, nunca antes vistos, e suas ideias são as melhores, as mais interessantes e devem ser acatadas sem avaliação prévia, ou com avaliadores muito bem “pagos” para que validem sem questionar.

Quando agem é sempre de maneira autoritária e prepotente. Arrogantes, demostram um “ar” de superioridade por onde passam e vão acumulando “desafetos”, ou até, inimigos.

Quem conhece aquele famoso ditado: “O peixe morre pela boca”.

Pois então…

O extremamente vaidoso é tão cego em sua vaidade que acaba proferindo ideias preconceituosas e inconsequentes, sem possuir a real noção do alcance que essas ideias atingirão.

Como é extremamente orgulhoso, possui dificuldade em pedir desculpas, em perdoar, e por isso mesmo, dificilmente é perdoado.

Assim, quase que “sem querer”, o vaidoso/orgulhoso acaba por autodestruir a falsa imagem que ele mesmo criou. Porém, existem vaidosos que não são tão extremos, nem tão agressivos, a esse comportamento mais brando chamo de “vaidade inconsciente”.

A vaidade excessiva poderá o fazer cair em desgraça

Quando a pessoa é extremamente vaidosa ela acaba cometendo erros com os outros de forma implacável, apenas pelo prazer de ganhar, de poder dizer que estava certa, ou por querer se mostrar mais competente, mais inteligente, mais atraente, ou seja, por querer parecer para o mundo e para aqueles que estão a sua volta como o ser mais brilhante de toda a galáxia.

O vaidoso é muito preocupado e possui muitas inseguranças, tendo necessidade de autoafirmação constante. Essa falta de humildade pode o levar, e certamente o levará, a cair em desgraça, já que a vida é capaz de nos ensinar mais do que qualquer outro ser humano.

O narcisismo também é um traço da personalidade que aflora no vaidoso/orgulhoso. A pessoa se supervaloriza, colocando-se sempre como o centro das atenções e a sua arrogância é evidente.

Esses traços de personalidade podem o levar a desgraças como a falência de muitos relacionamentos e a traição daqueles com quem convive, já que possui inimigos e pessoas que o invejam, justamente porque expõe a sua vida nesse intuito, e acaba derrotado por desconhecer o antidoto do veneno que ele mesmo injetou.

Como vencer a vaidade antes que ela te vença?

Auto-reconhecimento – Conheça a si mesmo e seu talento. Não precisamos ser um pavão para sermos vistos, muito menos, reconhecidos.

Comportamento – As pessoas admirarão o seu comportamento frente vida, e invejarão a sua ostentação. Se é esse o seu objetivo, causar inveja nas pessoas, então é um sinal de que você precisa buscar o autoconhecimento para entender o motivo pelo qual você age dessa maneira.

Despertar inveja nas pessoas não te tratá nada de bom, pelo contrário, a sua contribuição e o seu posicionamento no mundo te enaltecerão muito mais do que a sua aparência, seu poder ou cifrões.

Reconhecer as qualidades do outro e não invejá-lo – Aprenda a aceitar as qualidades e aptidões das outras pessoas sem desejar que elas não possuam mais essas qualidades e aptidões.

Você não precisa ser o mais bonito de todos, o mais competente, o mais inteligente… O que você precisa é ser mais interessante, mais atencioso, mais generoso… Essas qualidades sempre te elevarão!

Se a vaidade e a certeza de que você é melhor do que aqueles que te cercam já te fez um solitário em meio a multidão, meu amigo, busque ajuda para fortalecer as suas emoções e trabalhar aquelas que estão te levando a agir de forma doentia. O autoconhecimento é o melhor remédio para aqueles que se desvirtuam e acabam mergulhados nos pecados capitais.

*texto de Fabiano de Abreu – Doutor e Mestre em Psicologia da Saúde pela Université Libre des Sciences de l’Homme de Paris; Doutor e Mestre em Ciências da Saúde na área de Psicologia e Neurociência pela Emil Brunner World University;Mestre em psicanálise pelo Instituto e Faculdade Gaio,Unesco; Pós-Graduação em Neuropsicologia pela Cognos de Portugal;Três Pós-Graduações em neurociência,cognitiva, infantil, aprendizagem pela Faveni; Especialização em propriedade elétrica dos Neurônios em Harvard;Especialista em Nutrição Clínica pela TrainingHouse de Portugal.Neurocientista, Neuropsicólogo,Psicólogo,Psicanalista, Jornalista e Filósofo integrante da SPN – Sociedade Portuguesa de Neurociências – 814, da SBNEC – Sociedade Brasileira de Neurociências e Comportamento – 6028488 e da FENS – Federation of European Neuroscience Societies-PT30079.
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Fabiano de Abreu Rodrigues é psicanalista clínico, jornalista, empresário, escritor, filósofo, poeta e personal branding luso-brasileiro. Proprietário da agência de comunicação e mídia social MF Press Global, é também um correspondente e colaborador de várias revistas, sites de notícias e jornais de grande repercussão nacional e internacional. Atualmente detém o prêmio do jornalista que mais criou personagens na história da imprensa brasileira e internacional, reconhecido por grandes nomes do jornalismo em diversos países. Como filósofo criou um novo conceito que chamou de poemas-filosóficos para escolas do governo de Minas Gerais no Brasil. Lançou o livro ‘Viver Pode Não Ser Tão Ruim’ no Brasil, Angola, Espanha e Portugal.