“Se foi um erro, amanhã vira aprendizado”, escreveu Clarisse Lispector. A vida nos lapida e nos faz melhorar naquilo que precisamos. Não necessitamos de ajuda para cometer enganos. Mas só aprende quem se arrisca!

O pior dos erros não é errar e sim não reconhecer que errou.

Fico imaginando o porquê de um erro anular mil acertos.

Ser apedrejado por um único erro e não ser valorizado pelos inúmeros acertos pode ser desmotivador por um lado, mas por outro nos leva a um aprendizado.

Dependendo do erro ficamos marcados uma vida inteira.

Pode-se levar meses, anos e até mesmo uma vida inteira para se apagar algo que tenha feito de errado.

Todo cuidado é pouco.

Exige disciplina e atenção constantes.

Erramos até mesmo sem querer e sem saber o tamanho do mal que poderemos causar com nossas ações, omissões e palavras ditas de forma impensada.

Se batermos um prego na parede errada e tiramos logo em seguida, ficará sua marca, a menos que consertemos e para isso, demandará mais tempo e esforço.

E se não soubermos arrumar, tentar consertar ainda pode ficar pior, sendo melhor deixar para lá.

Só o tempo será capaz de apagar as marcas e fazer cair no esquecimento.

Todos nós somos imperfeitos e sujeitos a falhas e é por isso que a vida nos cobra pelo único erro, mesmo havendo acertado muito.

Ela nos lapidará, fazendo com que melhoremos naquilo que precisamos crescer, amadurecer e evoluir como seres humanos.

Seremos moldados por eles para que não venhamos a repeti-los mais.

A vida é feita de tentativas, já que não nascemos sabendo.

É um eterno aprendizado recheado de alegrias, tristezas, realizações, desafios, conquistas e perdas.

Mesmo que o mundo volte contra você em virtude de seu erro, não se abale. Levante, sacuda a poeira e dê a volta por cima.

Não agimos por mal ao cometê-los.

Na grande maioria deles não temos a intenção de prejudicar ninguém.

Podemos ser levados ao erro por inúmeros motivos e circunstâncias alheias a nossa própria vontade.

Até mesmo nosso coração pode nos induzir ao erro.

Nossa ignorância pode nos levar a equívocos ao fazermos escolhas.

Não precisamos de ajuda para cometer enganos.

Só aprende quem se arrisca e erra.

Com as falhas aprenderemos a não cometer os mesmos erros e aprenderemos a ter humildade ao reconhecê-los.

Cada vez que erramos, aprendemos a ser mais cuidadosos.

Somos indivíduos construídos pela somatória dos erros e acertos.

Não podemos ter medo de errar, pois caso tenhamos podemos ficar paralisados na mesmice e não faremos nada novo. E dessa forma poderemos perder grandes oportunidades para sermos felizes.

Se errou e daí?

Procure não errar mais.

E não esqueça de assumi-los.

É uma virtude reconhecer que errou.

Isso o fará grande, mesmo na sua pequenez.

Seja sábio ao transformar os erros em aprendizados.

Todos nós erramos.

“Quem nunca errou, atire a primeira pedra.”.

Faz parte.

O pior dos erros não é errar e sim não reconhecer que errou.

Encerro este texto com as palavras de Clarice Lispector: “Se foi um erro, amanhã vira aprendizado.”.

E vida que segue.

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Idelma da Costa, Bacharel em Direito, Pós Graduada em Direito Processual, Gerente Judicial (TJMG), escritora dos livros Apagão, o passo para a superação e O mundo não gira, capota. Tem sido classificada em concursos literários a nível nacional e internacional com suas poesias e contos. Participou como autora convidada do FliAraxá 2018 e 2019 e da Flid 2018.