A vida é uma escola e o tempo é o professor, mas é a experiência que revela os melhores alunos.
Nessa escola da vida, tem gente que é eterno repetente daquilo que existe de bom e está sempre vivendo a mesma, ou vários tipos de dores repetidamente.
E esse repetir das aflições, as leva a pensar que vive em eterno sofrimento, pois não conseguem absorver o aprendizado que a vida lhe impõe.
Os imaturos, os rígidos e inflexíveis sempre sofrem mais!
São teimosos, sofrem e fazem sofrer querendo impor somente o seu ponto de vista. Mas as pessoas mais abertas, mais flexíveis mais adaptáveis e maleáveis aprendem mais rápido.
A infância constrói a sabedoria que separa o menino do homem, e com o passar do tempo, o menino se recolhe em uma morada definitiva dentro da alma desse homem.
O adulto não pode se esquecer que sempre precisá aprender, e que esse aprendizado é o que o fará evoluir, é o que o ajudará a construir uma jornada cada vez mais construtiva e mais estável, mas nem todos estão dispostos a aprender com a vida.
“Errar é humano, persistir no erro é burrice”(Provérbio Português).
Por que persistirmos tanto no mesmo erro?
Errar é humano sim, mas persistir no erro, por vezes, não é questão apenas de falta de inteligencia, mas de ignorância em reconhecer os próprios erros!
Aquele que não aprende com a vida, possui dificuldade em reconhecer os próprios erros. O seu orgulho o leva a ignorar a dura realidade que se apresenta, e a insistir que, mesmo tendo causado dor a si ou a outrem, suas atitudes nunca estão erradas.
Persistir no erro não é uma burrice, mas sim uma tentativa de confirmação do próprio ego, que é incapaz de se declarar culpado.
A inteligencia pode contribuir para que o indivíduo, munido de conhecimento, evite cometer os mesmos erros, e aprenda mais rápido que o outro que insiste em levar a cabo as suas certezas!
As nossas certezas, muitas vezes, nos impedem de enxergar onde estamos errando.
Erramos mais de uma vez por acreditar e confiar piamente em nossas convicções.
Quem persiste no erro, acredita tanto na sua ideia, que mesmo errando, o seu orgulho o leva a pensar que poderia ter acertado se tivesse modificado algo, ou se o outro tivesse contribuído mais! Esse perfil vem de encontro com a necessidade de autoafirmação que o leva a culpar os outros pelos seus próprios erros. Agindo dessa forma, o indivíduo acaba não aprendendo com as falhas que comete.
Ele vive na forte esperança de que todos estão errados e só ele está certo.
Mas acredito sim que a esperança é a última que morre, porém pode ser a primeira a nos matar.
Aquele que repete inúmeras vezes o mesmo erro acredita piamente que está certo em agir da forma que age, mesmo que suas ações sejam destrutivas, ou causem danos a terceiros.
Como aprender com a vida
Aprender com os nossos erros é essencial para nossa maturidade cognitiva.
Quando reconhecemos nossos erros ficamos mais atentos para que não os cometamos no futuro. Mas mesmo reconhecendo, muitas vezes nos pegamos cometendo os mesmo erros novamente, como se eles fossem mais fortes do que nós!
Porém, acabamos por ficar mais vigilantes e aprendemos a lidar melhor com a nossa vida a nível pessoal e social.
Aprender com o erro do outro é uma maneira inteligente de simplificar a própria vida.
Aprenda a observar os detalhes!
Um observador paciente tem maior facilidade em filtrar e separar o negativo do positivo! desenvolve uma melhor consciência para antever os problemas que podem resultar das ações que decidir colocar em prática. E isso o ajuda a mensurar a própria vida.
O observador aprende mais, pois sabe escutar a experiência alheia.
Busque conhecimento com pessoas experientes
– Escutar as pessoas mais experientes pode te livrar de muitas situações desgastantes, já que eles já passaram por muitas coisas na vida, e ao escutar suas histórias, essas, podem ser relevantes para a nossa própria vida.
Compartilhe conhecimento
– Quando estamos dispostos a trocar conhecimento, a compartilhar o que já sabemos com os outros, sempre recebemos mais conhecimento de volta! E conhecimento nunca é demais! Ignorar certas situações podem nos levar ao fracasso, enquanto conhecer e antever os problemas com conhecimento de causa, pode nos levar a vitória.
Se baseie na história e nas estatísticas para avaliar o que a vida vem ensinando ao longo dos tempos e que muitos antepassados tiveram que aprender.
Para aprender o que quer que seja, precisamos estar abertos para o conhecimento. Se somos teimosos, e deixamos nossas crenças limitantes dominarem a nossa vida, perdemos a capacidade de raciocínio e de avaliar as circunstancias.
Para aprender com a vida é preciso coragem!
Viver exige coragem! O mundo é grande demais, as suas possibilidades são infinitas, e o que temos que aprender para sermos dignos da vida é igualmente grandioso.
Para aprender com a vida é preciso humildade!
Existirá sempre alguém com mais conhecimento, experiencia, ou mais capacitado que nós para realizar algum tipo de tarefa, ou a mesma tarefa que realizamos, e precisamos ser humildes para admitir que precisamos estudar mais, ou aprender com esses que já estão no caminho a mais tempo.
Para aprender com a vida precismos ter empatia – saber se colocar no lugar do outro.
Quando somos empáticos, compreendemos que aquele que erra, erra porque ainda não sabe, e compreendemos também que aquele que ensina, ensina porque já aprendeu.
A vida é um projeto a vir a ser.
A vida exige que nos tornemos melhor, mais sábios, mais maduros e experientes. E nessa trajetória de vida, colecionamos histórias, que nos colocam em constante aprendizado, basta que queiramos aprender com elas.
Quando decidimos aprender com tudo o que nos acontece, nos projetamos, e nos tornamos seres humanos melhores.
Por isso, não devemos ignorar os fatos da vida por puro capricho ou orgulho.
Ignorar não fará com que os erros desapareçam, pelo contrário, apenas contribuirá para que eles reapareçam mais fortes, nos levando a cometê-los repetidas vezes.
A vida ensina, mas infelizmente, poucas pessoas estão dispostas a aprender com ela!
Você está?
*texto de Fabiano de Abreu – Doutor e Mestre em Psicologia da Saúde pela Université Libre des Sciences de l’Homme de Paris; Doutor e Mestre em Ciências da Saúde na área de Psicologia e Neurociência pela Emil Brunner World University;Mestre em psicanálise pelo Instituto e Faculdade Gaio,Unesco; Pós-Graduação em Neuropsicologia pela Cognos de Portugal;Três Pós-Graduações em neurociência,cognitiva, infantil, aprendizagem pela Faveni; Especialização em propriedade elétrica dos Neurônios em Harvard;Especialista em Nutrição Clínica pela TrainingHouse de Portugal.Neurocientista, Neuropsicólogo,Psicólogo,Psicanalista, Jornalista e Filósofo integrante da SPN – Sociedade Portuguesa de Neurociências – 814, da SBNEC – Sociedade Brasileira de Neurociências e Comportamento – 6028488 e da FENS – Federation of European Neuroscience Societies-PT30079.
E-mail: deabreu.fabiano@gmail.com
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