Adolescentes amados são adultos mais felizes e saudáveis, mostra estudo

Adolescentes amados são adultos mais felizes, diz estudo da Universidade Johns Hopkins Bloomberg School, dos EUA.

Um estudo feito na Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, comprovou que adolescentes amados se tornam adultos mais felizes.

Os cientistas comprovaram, por meio de pesquisas, que quando acolhidos, os jovens conquistam a felicidade e uma vida saudável. O que vale inclusive para saúde cardiovascular em comparação a outros que não tiveram a mesma sorte.

Os estudos mostram ainda que os adolescentes afagados têm mais facilidade para manter o peso saudável, bem como níveis normais de pressão arterial, açúcar no sangue e colesterol. Os resultados da análise foram publicados no último dia 13 na publicação científica Journal of the American Heart Association.

A pesquisa

A pesquisa conduzida pelo professor Farah Qureshi em parceria com mais cinco cientistas, da Universidade Johns Hopkins Bloomberg School of Saúde Pública, em Baltimore, nos Estados Unidos, examinou 3.500 estudantes do ensino médio.

Os estudantes, da década de 1990, foram acompanhados pela equipe de pesquisadores por duas décadas.

Para os pesquisadores, fatores psicológicos como o estresse crônico podem ter efeitos fisiológicos diretos no corpo.

De acordo com pesquisas anteriores, este estudo descobriu que, infelizmente, um pequeno número de participantes manteve uma boa saúde cardiovascular até o final dos 30 anos: apenas 12% no geral.

Para as famílias, disse Qureshi, apoiar o bem-estar mental das crianças “pode ​​ser tão simples quanto sentar-se juntos no jantar e perguntar como estão – essas coisas que podemos considerar garantidas”.

Sentimentos positivos

A pesquisa mostra que sentimentos positivos influenciam diretamente na saúde futura dos adolescentes.

Os estudos mostraram, por exemplo, que a obesidade infantil está ligada a riscos aumentados de várias condições de saúde – incluindo diabetes tipo 2 e doenças cardíacas – mais tarde na vida.

Há, ainda, outros fatores, como adultos que passaram por dificuldades na infância, como abuso e negligência, também correm maior risco de doenças cardíacas e outros males.

Mais chances

Inicialmente, os estudantes responderam a perguntas que avaliavam cinco ativos psicológicos: felicidade; esperança sobre o futuro; auto-estima alta; sentir-se socialmente aceito; sentir-se amado e desejado.

Com as respostas em mãos, os pesquisadores observaram um aspecto negativo: mais da metade das crianças – 55% – não teve nenhum ou apenas um desses sentimentos positivos.

Diante dos dados, verificaram que quando tinham quatro ou cinco desses ativos, havia 69% mais chances de manter uma boa saúde cardiovascular até os 30 anos, em comparação com seus pares.

Mais críticos

Os cientistas consideraram ainda fatores, como renda familiar, educação dos pais e peso corporal das crianças. Eles observaram que além destes aspectos, muitos jovens pareciam mais críticos, algo que se destacava entre os adolescentes pretos.

A falta desses sentimentos positivos parecia particularmente prejudicial para os adolescentes pretos.

No grupo de estudo com um ou nenhum ativo psicológico, apenas 6% das crianças pretas tinham boa saúde cardiovascular na idade adulta, contra 12% de suas contrapartes brancas.

Para o coordenador da pesquisa, os adolescentes pretos enfrentam o estresse crônico do racismo estrutural, ter um forte senso de auto-estima, pertencer e se sentir amado pode ser particularmente crítico.

*DA REDAÇÃO SAG. Com informações de NorthCentral PA

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