Aprenda a reconhecer os seus limites e a respeitar o seu próprio ser. Entenda que, as vezes, ir embora não é uma fuga, é provar que você se ama e se respeita de verdade!
Estamos vivendo a era das fugas. Olha-se cada vez mais para fora e cada vez menos para dentro.
No outro extremo de quem vive a “cultura da fuga” existe aqueles que vivem no que eu chamo de “cultura da resistência”.
Pessoas bem intencionadas, que têm como objetivo o autoconhecimento e o trabalho de si mesmo, e que acham que desistir de algo ou alguém sempre significa fugir.
E o que há de mal nisso?
Tudo.
Em nome dessa ideia, eu permaneço em um relacionamento com quem já demonstrou ter dificuldades de olhar para outro lugar senão o próprio umbigo.
Eu desrespeito as minhas dores porque sei que o outro não gosta ou não sabe lidar com ela (mesmo a dor sendo bastante e claramente válida).
Eu finjo que enxergo uma melhora falsa de quem na verdade me faz muito mal.
Eu permaneço em situações abusivas.
Eu ignoro meu corpo reclamar.
Eu me convenço de que está tudo bem enquanto sinto a minha alma implodir diariamente.
Eu, aos poucos, me mato por quem nem ao menos reconhece a minha vida.
Tudo em nome do “não posso fugir, preciso aprender com esta situação”.
Pois bem…
Hoje eu venho dizer o contrário:
Respeite os seus limites.
Respeite a sua dor.
Respeite a sua saúde.
Respeite o seu sono.
Respeite o seu amor.
Respeite o seu próprio ser.
E se para isso for necessário abrir a porta e ir embora, que seja.
Veja bem, existe uma diferença bem grande entre viver em dinâmicas de fuga e se retirar quando algo não está saudável e não há perspectiva real de melhora.
Você consegue ver em qual desses lugares você está?