As mudanças às vezes assustam. Mesmo sabendo que estamos em constante evolução, mudar requer sair da nossa zona de conforto.
À medida que o tempo passa o ambiente a nossa volta também se transforma. Assim, nossas emoções e sentimentos nunca
permanecem os mesmos. Nesse mundo onde impera o materialismo e o imediatismo, nada é permanente, com exceção das próprias mudanças.
Devemos olhar para o passado como referência, para não cometermos os mesmos erros. Ficar paralisado no passado lamentando-se pelos erros cometidos é um grande desperdício de energia. Enquanto estivermos alimentando as tristezas do passado não poderemos projetar um futuro glorioso. Conforme Phillip Raskin menciona: “Aquele que desperdiça o hoje lamentando o ontem desperdiçará o amanhã, lamentando o hoje”.
Para o pai da dialética, Heraclito ou Heráclito de Éfeso: “Ninguém pode entrar duas vezes no mesmo rio, pois quando nele se entra novamente, não se encontra as mesmas águas, e o próprio ser já se modificou. Assim, tudo é regido pela dialética, a tensão e o revezamento dos opostos. Portanto, o real é sempre fruto da mudança, ou seja, do combate entre os contrários”.
As mudanças são constantes em nossas vidas, somos diferentes de ontem e amanhã seremos diferentes de hoje. Para nosso progresso em todos os sentidos é essencial desapegarmos do passado. Não podemos voltar atrás e fazer as coisas diferentes, podemos fazer das experiências vividas degraus para nossa evolução.
Passamos por momentos de tribulações e muitas vezes por falta de sabedoria nos apegamos a essas situações. Assim, não conseguimos deixar as coisas fluírem. Uma desilusão amorosa, uma separação, a perda de uma pessoa querida, são situações que sempre vem acompanhada de dores e ressentimentos. Muitas pessoas que passam por essas experiências optam por se isolar e viverem na solidão.
Essa é uma postura até certo ponto saudável e natural, pois é um mecanismo de enfrentamento que usamos para diminuir a dor.
Mas, esse padrão poderá se tornar patológico quando permitimos que a tristeza e as desilusões da vida estejam presentes no nosso dia. Se persistirmos em carregarmos o passado por um longo período, poderemos fazer parte do grupo de pessoas com depressão, ansiedade, fobia social, insônia e ataques de pânico.
Precisamos no momento presente fazermos as melhores escolhas e aprendermos com os erros de outrora. Deveremos olhar o passado como uma história de aprendizado e nunca como momentos de desilusões. Nada em nossa história acontece fora do planejado.
Afinal, “Ele possui as chaves do incognoscível, coisa que ninguém, além d’Ele, possui; Ele sabe o que há na terra e no mar; e não cai uma folha (da árvore) sem que Ele disso tenha ciência; não há um só grão, no seio da terra, ou nada verde, ou seco, que não esteja registrado no livro lúcido”. (6ª Surata versículo 59)
Por outro lado, viver no passado é mais cômodo, nos mantém na nossa zona de conforto. Apontar o dedo e encontrar um responsável é mais confortável para nosso ego. Assim, seguimos mantendo as memórias do passado reavivando as dores do momento presente. Esse é o caminho seguido pelas pessoas com padrões mentais de vitimização, fazem uso dessa muleta para não assumirem suas responsabilidades nos incidentes ocorridos.
Lembre-se, somente você poderá fazer as mudanças necessárias de seus sentimentos e emoções em relação ao passado. Só você poderá fazer as melhores escolhas que impactará no seu futuro.
Compreender como as leis mentais afetam positivamente ou negativamente nossas vidas é que fará a diferença. O passado só poderá afetar o seu presente se você permitir que isso aconteça.
Portanto, escolha viver sempre no momento presente.
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