Às vezes o problema está em nós não no outro e de nada adiantará mudar de casa, de cabelo, de roupas para nos sentir melhor! A gente precisará de uma reforma interna! Começando pelos sentimentos e pensamentos que cultivamos dentro!
O que habita em nós é algo maior que o mundo externo. Mas algumas pessoas possuem dificuldade em alcançar essa dimensão e costumam achar mais fácil acusar e apontar o problema no outro como se não tivesse a mínima responsabilidade.
Muitos não conseguem acessar a própria emoção, a trazendo para a racionalidade, para só depois a transformar em pensamento de modo a planejar uma ação equilibrada e mais saudável.
Como não são capazes, não conseguem estabelecer relacionamentos saudáveis e vivem acreditando piamente que a culpa sempre é do outro, que o problema nunca é dela. Mas as vezes, o problema está naquele que acusa, não no acusado.
É simples pensar que em mim mora o “começo, o meio e o fim”. E que por isso, somos responsáveis por tudo que nos acontece. Porém em mim está apenas a ignição, a primeira faísca que dá início ao funcionamento de um grande mecanismo.
Estamos todos a “toda na vida”. E muitas vezes não paramos para analisar os nossos próprios comportamentos e o quanto que as nossas palavras e ações podem influenciar positivamente e também negativamente a vida das pessoas com quem nos relacionamos.
Usemos como exemplo o sistema solar: Vejamos, a lua é apenas um “cisco cósmico”, mas o quanto ela afeta as marés, o plantio, a colheita, o período da gestação…
Imagina que tal como a lua, também afetamos e somos afetados pelas relações que criamos.
O limiar de tolerância, de paciência, de resiliência.
Está muito atrelado as emoções. Nossa autoestima tem um fator flutuante e não estático. A autoestima possui variáveis internas e externas. O emocional é o “diapasão”, que mantém a homeostase do corpo e do comportamento.
É necessário o “dentro e o fora” afinados, para que esse conjunto se apresente nas minhas ações mais diretivas e assertivas.
Quando mudo de casa, de cabelo, de círculo social, de país…Enfim, quando mudo algo em mim ou no meu mundo, isso me afeta superficialmente, talvez ajude na autoestima, mas não transforma internamente os sentimentos e pensamentos, a ponto de causar uma mudança interna que contribuirá para melhorar as nossas relações e aceitar que muitas vezes os problemas não estão nos outros, mas em nós.
Devemos estar sempre atentos às reformas necessárias e parar de acusar, apontar o dedo, falar mal… ANTES DEVEMOS OLHAR PARA AS NOSSAS PRÓPRIAS AÇÕES.
Ao fazer essa reforma interna, ao aprender a lidar com as próprias emoções o individuo aos poucos começa a se sentir em paz e para de guerrear com o mundo.
Quando encontramos a nossa paz interior, promovemos a paz nas relações.
Uma vida harmônica é por assim dizer, uma vida feliz.
Sem paz nada há, sequer alegria, portanto, felicidade é uma sequência lógica e consciente da paz que encontramos em nós.
*texto de Fabiano de Abreu – Doutor e Mestre em Psicologia da Saúde pela Université Libre des Sciences de l’Homme de Paris; Doutor e Mestre em Ciências da Saúde na área de Psicologia e Neurociência pela Emil Brunner World University;Mestre em psicanálise pelo Instituto e Faculdade Gaio,Unesco; Pós-Graduação em Neuropsicologia pela Cognos de Portugal;Três Pós-Graduações em neurociência,cognitiva, infantil, aprendizagem pela Faveni; Especialização em propriedade elétrica dos Neurônios em Harvard;Especialista em Nutrição Clínica pela TrainingHouse de Portugal.Neurocientista, Neuropsicólogo,Psicólogo,Psicanalista, Jornalista e Filósofo integrante da SPN – Sociedade Portuguesa de Neurociências – 814, da SBNEC – Sociedade Brasileira de Neurociências e Comportamento – 6028488 e da FENS – Federation of European Neuroscience Societies-PT30079.
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