O bilionário brasileiro Carlos Wizard se mudou para Boa Vista/RR com a esposa, e está trabalhando no acolhimento de venezuelanos na fronteira entre os dois países.
A iniciativa surgiu com o apoio da Igreja que ele frequenta, a Igreja Mórmon, conhecida no Brasil como Igreja Jesus Cristo dos Santos dos Últimos dias, a ação é humanitária e não religiosa, mas fazer o bem faz toda a diferença.
De acordo com dados divulgados pela Revista Forbes, Wizard é dono de uma fortuna de R$ 2,4 bilhões, é fundador da rede de escolas Wizard Idiomas e atual presidente do Grupo Sforza que gere grandes franquias e do mercado fastfood, incluindo a gigantesca Pizza Hut.
Em meio a tantas noticias ruins é bom ver que pessoas que venceram através do esforço e dedicação e que estão verdadeiramente envolvidos na causa maior de Jesus que é o amor, se empenhando na ajuda humanitária. Hoje ele fornece apoio e moradia para refugiados, ajudando-os a construir uma nova vida em um país desconhecido.
Ele decidiu se instalar na fronteira com o Brasil, em Roraima com sua esposa, Vânia, e se divide entre seus compromissos profissionais em São Paulo e seus compromissos espirituais em RR.
Graças a campanhas de arrecadação e parcerias com outras instituições o programa humanitário
consegue fornecer apoio e moradia para os imigrantes, além de ajudá-los com a documentação necessária e encaminhá-los a locais onde possam conseguir um emprego.
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Para muitos que ainda criticam iniciativas de ajuda aos refugiados, sugerindo que o empresário devia mesmo é ajudar os brasileiros carentes, que existem aos montes, insisto:
Uma coisa não exclui a outra.
A fronteira do Brasil com a Venezuela foi aberta para a entrada dos venezuelanos (até o inicio de maio ela estava fechada) e se eles não obtiverem ajuda, serão marginalizados e excluídos, com risco de se envolverem em negócios ilegais.
Devemos ajudar nossos vizinhos necessitados, porque um dia poderemos estar na mesma situação, necessitando de ajuda.
“Nosso projeto é auto-sustentável, não é de tutelagem”, afirma o executivo, em entrevista a Forbes. Segundo ele, 90% dos refugiados já se encontram, depois de 60 dias, inseridos no mercado de trabalho.
O trabalho é árduo, mas eficaz, tem o objetivo de ajudar no início da nova vida dessas famílias.
Wizard é responsável também por conseguir acentos em voos nacionais para que essas famílias possam chegar as cidades onde serão acolhidas, encontrarão vagas de emprego e moradia.
Foto: Acnur/ONU
Wizard contou muitas histórias que o impactaram profundamente, mas escolheu algumas, entre elas está a de um venezuelano que chegou faminto a fronteira, e quando lhe deram uma maça, ele parou, olhou, e literalmente chorou, não apenas porque sentia fome, mas porque não via uma maça a cerca de 3 anos.
“As pessoas dizem, “mas no Brasil também existe pobreza”, mas você não pode comparar uma pessoa pobre com um refugiado que não tem para onde ir e a quem recorrer”, relatou a Folha de São Paulo.
Ele fez um alerta pedindo ajuda a todos e declarou que os refugiados possuem necessidades gigantescas, principalmente em relação a saúde, nutrição e transporte.
Se você se sensibilizou com a situação dos refugiados venezuelanos, pode ajudar através do whatsapp (19) 99955-9050.