Cada vez que me alimento de fé me sinto mais forte.
Sinto a permissão de Deus no coração me dizendo: Tranquilize, feche os olhos, sinta a vida como você precisa e não como os outros querem.
Estou aqui pra lhe trazer o necessário. Viva em harmonia com seu espírito.
Permita que sua alma encontre paz.
E assim eu vou transitando pelos meus labirintos, pelas minhas passagens internas, pelos vãos que se abrem pedindo pra dor ir, pra calma chegar, pro coração se encontrar, pra ELE me abençoar o caminho sem que eu me sinta abandonada ou diminuída.
Cada vez que desisto de algo e firmo o pensamento no lado mais positivo, sinto que a fé não desiste de me acompanhar, sinto que toda a trajetória é estrada de vida é aprendizado e luta para manter-me na posição de ser humano e não de vitima.
As provas existem, as libertações também. Os erros acontecem, o presente já é diferente do que vivi no passado, das coisas que deixei para trás, das coisas que aprendi a conviver para também aprender a evoluir pelo lado de dentro.
Nem sempre minha calmaria significa que não há uma tempestade interna, que nem sempre meu silêncio quer dizer algo.
Há muito mais em mim, há muito que ainda preciso sentir abranger e perceber.
Mas estou colhendo o que plantei. Estou acreditando mais em mim, mais em meus sonhos e menos em palavras que se espalham ao vento, em menos gente que não olha nos olhos, em menos promessas que apenas tem a intenção de envolver.
Consegui me despedir de muita coisa. Consegui arrancar aquilo que maltratava demais, consegui dizer não, consegui captar o que realmente preciso pra encarar os dias.
Não me acomodei, apenas descansei no tempo certo, na hora em que era preciso sentar, refletir e me buscar.
Por vezes a volta parece demorada, por vezes as coisas parecem se embaralhar dentro do peito, mas não sou inocente a ponto de achar que tudo é fácil, calmo e bonito.
É por isso que transito, que não me escondo, que dou a cara pra bater. Nada fica do jeito que está. O tempo é mutável, sou mutável, estou em constante transformação.
Mas me sinto mais tranquila. Não existe ódio no meu vocabulário, não existe vingança. Tudo é natural, tudo vem no tempo certo.
O necessário é sentir a bravura que possuo quando as coisas parecem por um fio, quando tenho que tecer uma nova história, quando tenho que tomar iniciativas para que o destino deslanche e para que eu me adapte dentro do que a vida pede.
Cada vez que sinto o despertar pulsando, eu agradeço por tudo que conquistei.
Coisas imateriais, coisas que valem mais, porque somaram coisas valiosas em meu interior.
Abençoada seja essa minha resiliência, essa sensação de que nada é meu.
Quero saldar meus débitos, quero a cura. O mal jamais vencerá o bem.
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