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Chega uma hora que dizemos para nós mesmo: PARA TUDO!

Chega uma hora que dizemos para nós mesmo: PARA TUDO!

Não sei como é para vocês, mas para mim, quanto mais o tempo passa mais sinto a necessidade de fazer um balanço da minha vida.

O dia está mais curto e a vida tem passado rápido demais e isso faz aflorar a vontade de aproveitá-la ao máximo, não desperdiçando um minuto sequer.

Podemos buscar viver com qualidade em todos os aspectos da vida e por que ficar perdendo tempo com futilidades que não acrescentam e não nos acrescentará em nada?

Vivemos cercados delas e aceita-las é opcional.

Para quê colocar pesos a mais na bagagem que não podemos carregar e suportar?

Misericórdia!

Descomplique!

É por isso que é de suma importância fazer um balanço. Chega uma hora que dizemos para nós mesmo: PARA TUDO!

Isso não significa que devemos nos travar totalmente e ficar por conta de pensar.

O tempo urge e não há tempo a perder.

Temos que aprender com as sábias palavras de Clarice Lispector:

“Superar é preciso. Seguir em frente é essencial. Olhar para trás é perda de tempo. Passado se fosse bom era presente.”.

Podemos muito bem prosseguir, mesmo que com o coração dilacerado.

Podemos muito bem continuar fazendo tudo com amor e amando todas as pessoas que nos querem bem, mesmo que o encanto se perca ou acabe.

Podemos muito bem ficar tranquilos e serenos, mesmo que estejamos em meio à tempestade ou ao tumulto.

Podemos muito bem escolher o agir em vez de ficar lamentando como seria diferente se aquilo que não deu certo desse certo.

Ora!

Se não deu certo, não deu certo e pronto.

Deu errado e não adiantará chorar em cima do leite derramado.

Criamos em vão a necessidade de ficar remoendo e acabamos não saindo do lugar ao buscar explicações onde não existem respostas, até a vida vir ao nosso encontro nos abrindo os olhos, ao ensinar que há mistérios que fogem do nosso entendimento limitado como seres humanos e que não nos pertence o entender e sim o aceitar, que doerá menos.

Aceitar, não quer dizer que devemos conformar e acomodar, pois há coisas que permitem ser mudadas, outras não e é aí que o balanço entra, porém sem permitir que a vida pare.

Alguns chamam de maturidade e não tem nada a ver com idade.

Há crianças mais maduras do que alguns idosos, ao saberem descartar com o balanço tudo o que as incomodam ao optarem apenas por aquilo que a fazem sentir bem.

São capazes de conviver com a parte ruim, porém sem darem importância alguma a elas.

Sabem como ninguém como deixar o lado negativo da vida na caixinha do esquecimento.

Da mesma forma que existem idosos mais cheios de vitalidade do que um jovem na flor da idade, ao serem capazes de se sentirem plenos em quaisquer circunstâncias ou situações até mesmo as piores.

São capazes de sorrir, mesmo que a vida lhes tire os motivos para sorrir.

São capazes de manter a paz interna intacta por maiores que sejam os desafios apresentados.

São capazes de vibrarem com as coisas pequenas e simples da vida, pois sabem que estas tem o poder de saciar muito maior que as grandes coisas, que não passam de ilusão e de belas embalagens vazias que em nada acrescentam.

Assim sendo, o que podemos fazer para mudar nossas vidas sem permitir que ela pare?

Pense nisso! Faça seu balanço.

As boas escolhas dependerá apenas do querer optar por elas. Dependerá apenas de nós mesmos.

Então, seja a mudança que você quer para sua vida.

Mudanças são imprescindíveis para o nosso crescimento e cruzar os braços nunca nos levará a lugar algum.

Saiba aproveitar todas as oportunidades que a vida lhes apresenta e brinde a vida, vivendo cada momento como se fosse o único.

Simplifique, ao optar pelo essencial que somatiza e potencializa.

É preciso aprender a viver.

Procure aproveitar o melhor da vida e deixe o resto de lado.

A vida é curta, então curta o seu lado bom, pois o resto é resto.

Não podemos deixa-la passar em branco.

Então! Vamos curtir?

*Foto de James Barr no Unsplash

Idelma da Costa

Idelma da Costa, Bacharel em Direito, Pós Graduada em Direito Processual, Gerente Judicial (TJMG), escritora dos livros Apagão, o passo para a superação e O mundo não gira, capota. Tem sido classificada em concursos literários a nível nacional e internacional com suas poesias e contos. Participou como autora convidada do FliAraxá 2018 e 2019 e da Flid 2018.

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