Não adianta tentar viver uma relação onde não exista confiança! Poderemos vigiar, fuçar, investigar e ficar atentos, porém, quando o parceiro não respeita os termos do compromisso assumido, nada impedirá que ele nos machuque da pior forma possível.
Não é fácil lidar com ciúmes, seja do parceiro, seja do amigo, seja de quem for. Talvez não haja quem não sinta ciúmes, porém, há quem consiga manter um relacionamento saudável com esse sentimento e há quem estrague tudo por conta dele.
Na verdade, importa mais a maneira como lidamos com o ciúme do que o tanto que o outro pareça provocá-lo por conta de suas atitudes.
Se sentir ciúmes é inevitável, teremos que aprender a conviver com esse sentimento, entendendo os seus porquês.
Quando analisamos as causas do que nos acontece, torna-se menos complicado lidar com as consequências, torna-se possível mudar o sentido das coisas, para que paremos de sofrer. É preciso estabelecer um círculo de confiança.
Muitas vezes, o sentimento de posse sobre o outro é que atrapalha o bom andamento dos relacionamentos em geral.
Quando achamos que temos poder sobre a vida do outro, acabamos por isentar a pessoa de autonomia, tolhendo sua liberdade.
Impomos condições, exigimos concessões, sem ao menos pensar na identidade que essa pessoa tem.
Importa, nesse caso, tão somente as nossas demandas: que a voz do outro sufoque, que o outro se anule – ele, afinal, é nosso.
O sentimento de posse anula a construção da confiança
Nesse percurso egoísta e autorreferente, a via de mão dupla, por onde deve correr a vida a dois, torna-se unilateral, ou seja, apenas um lado se mostra e se coloca, neutralizando as trocas que são essenciais na construção dos laços recíprocos e desejáveis no amor.
Assim, qualquer desvio de obediência que o outro praticar será mal visto, mal recebido, mal interpretado.
O ciúme excessivo cega, prende, sufoca e diminui o que deveria ser grandioso e libertador.
E, caso o parceiro dê motivos para que haja ciúmes, conversar será preciso, no sentido de ajustar o que ainda incomoda, para que os limites da dignidade de cada um possam permanecer respeitados por ambos.
Se o outro não muda, então será o momento de a gente se mudar, saindo dali.
Teremos que escolher entre viver uma vida de desconfianças e de investigações paranoicas, ou encarar a dor do rompimento e nos reerguer ao encontro de alguém que possa nos amar como merecemos.
Não adianta tentar viver uma relação onde não exista confiança!
Poderemos vigiar, fuçar, investigar e ficar atentos, porém, quando o parceiro não respeita os termos do compromisso assumido, nada impedirá que ele nos machuque da pior forma possível.
Enfim, confiança não é saber as senhas um do outro, confiança é ter a certeza de que é amado, porque essa certeza traz uma paz indescritível ao nosso coração.
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