Autor discorre sobre a importância da arte para as crianças e faz uma comparação para muitos exagerada, porém, verdadeira: “Crianças precisam de arte, histórias, poemas e música tanto quanto precisam de amor, comida, ar puro e brincadeiras”.
Philip Pullman é um escritor premiado que ficou mundialmente conhecido depois que ganhou o prêmio Astrid Lindgren, na Suécia. Ele é autor da série Fronteiras do Universo que deu vida ao filme A Bússola de Ouro, interpretado por Nicole Kidman.
A condecoração literária “Astrid Lindgren” é conhecida como “Prêmio Alma” e é oferecido para produtores, autores e ilustradores de literatura infantil. Geralmente os ganhadores são homens e mulheres envolvidos na missão de incentivar a leitura e defender os direitos de jovens e crianças.
“As crianças esquecem a maioria das coisas que você lhes ensina, mas nunca esquecem uma história”, disse em entrevista ao Light Speed Magazine.
Foto: Nicole Kidman em A Bússola de Ouro
Em resposta ao jornalista que o questiona sobre as reais necessidades das crianças e as clássicas histórias infantis, como Peter Pan, e Nárnia, onde os personagens não querem crescer, ele diz:
“O que eu sou contra de uma maneira bastante visceral e repugnante, é a visão sentimental da infância que se vê nos livros escritos na chamada Era de Ouro da literatura infantil.
Peter Pan, que acha melhor ficar sempre criança, alguns dos versos de AA Milne, não posso suportar, eles me deixam doente! As crianças não querem ser crianças – elas querem crescer.
Os jogos que eles jogam são sobre serem adultos. Lembrar minha própria adolescência e encontrar sexualidade e excitação intelectual fizeram parte de um extraordinário despertar maravilhoso e glorioso.
O universo inteiro começou a cantar. Então, quando você coloca pessoas como CS Lewis nos livros de Nárnia lamentando o fato de as crianças terem que crescer, isso me deixa muito zangado”.
Pullman questiona as prioridades que são elencadas por pais e professores para se ter uma infância saudável e iguala em importâncias as atividades lúdicas às necessidades básicas como respirar e comer:
“Se você não der comida, amor, ar fresco e diversão para uma criança, o dano rapidamente se torna visível, mas se você não der à criança arte, histórias, poemas e música, o dano não será tão fácil de ver. Está lá, no entanto. Seus corpos são saudáveis o suficiente; eles podem correr e pular e nadar e comer avidamente e fazer muito barulho, como sempre fizeram, mas falta alguma coisa”, disse ao Better Reading.
Ele afirma que já conheceu algumas pessoas que cresceram sem nunca ter tido contato com arte de nenhum tipo, e que são perfeitamente felizes, vivem vidas boas e valiosas, e em cujas casas não há livros, e elas não se importam muito com fotos e não conseguem sentir o valor da música. “Bem, tudo bem. Eu conheço pessoas assim. Eles são bons vizinhos e cidadãos úteis”.
Porém, o autor insiste que mesmo uma criança que não foi inserida pelos pais ou professores e nunca teve contato com a arte, precisa de música, imagens, ou poesias, e quando se depara com tudo isso por acaso, se não fosse por essa chance, talvez nunca a tivessem conhecido e poderiam ter passado a vida inteira em um estado de fome cultural sem saber, finaliza.
A fome cultural existe e é preciso que saciemos nossas crianças, as alimentando de ótimos conteúdos lúdicos, incentivando a sensibilidade através da arte e da cultura!
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*Iara Fonseca para Redação SEU AMIGO GURU. Com informações de Better Reading e Light Speed Magazine.
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