Não importa o tempo que demore. Deixo a vida cuidar de tudo. Enquanto isso, desculpa aí, mas vou cuidando de mim. Estou me priorizando. Agora é a minha vez.
Porque fui perdendo coisas pelo caminho que não me pertenciam e a cada dia eu me convenço mais dos propósitos de Deus. Por isso não me agarro ao apego, não choro mais o leite derramado e nem abro um buraco no chão para dentro dele me colocar.
Onde houver um sonho, um agrado, um carinho que completa, uma história verdadeira dentro do meu tempo de sentir, eu fico.
Não me desperdiço mais em desculpas, não imploro, não entro em estado de inércia emocional pelos outros, e nem finjo que está tudo bem.
De repente vem aquele abalo sísmico, aquela decisão que foi protelada, vem a sensação de que não posso mais esquentar algum banco esperando a vida passar.
Estou aqui pra trazer alegria a quem me concede espaço, estou aqui pra sorrir porque o sorriso cura qualquer estado mais latente.
Não crio dependência; crio o estado de ser, de estar, de permitir.
Até quando puder, até quando Deus quiser.
Prefiro um estado mais sóbrio do que viver dentro de qualquer loucura sem futuro.
Parece que a cada tijolo colocado meu alicerce fica mais firme.
Estou construindo meu castelo sem príncipes encantados, sem cavalos brancos, sem carruagens.
A realidade me basta, meu olhar tem sempre algo a dizer.
Tenho certeza que de alguma forma serei correspondida.
Não importa o tempo que demore. Deixo a vida cuidar de tudo. Enquanto isso, desculpa aí mundo, mas vou cuidando de mim. Estou me priorizando. Agora é a minha vez.
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