A gente já passa por tanto perrengue nessa vida e ainda costuma sofrer por coisas e por pessoas que não valem um minuto de nosso pensamento.
Controlar sentimentos é uma tarefa ingrata, mas, se quisermos sobreviver com alguma saúde física e mental, teremos que aprender a canalizar o que sentimos em nosso favor.
Uma das coisas mais difíceis é lidar com rejeição, abandono, com o que lá de fora não nos aceita, não nos aprova.
Desde crianças, buscamos aprovação por parte de outrem, sejam os pais, os professores, sejam amigos e familiares. Queremos ser aceitos e, nessa busca, às vezes podemos nos desviar de nossos verdadeiros propósitos, para tentar nos aproximarmos das pessoas que achamos serem as certas para nós. Mesmo que nem sejam. Ainda que a gente saiba que não.
Infelizmente, os apelos mundanos são perigosos, enganam e seduzem os nossos olhos e desejos em direção ao que nem tem a ver, muitas vezes, com a gente.
Procuramos amizades populares, lugares badalados, viagens da moda, deixando de lado pessoas que se importam realmente conosco e valores que são afins com o que temos dentro de nosso coração.
Quem nunca foi preterido por um “amigo”, que preferiu sair com uma turma mais popular? Ou quem talvez tenha feito isso?
Porém, ainda que consigamos nos aproximar daquilo que não tem a ver com o que somos, nada ali será sólido, mas sim frágil.
Fatalmente, aquilo tudo irá se distanciar de nós, porque não nos soma, não nos agrega, não nos completa.
É assim com amizades, com parceiros, com tudo. E vai chegar um ponto em que aquelas coisas e aquelas pessoas sairão de nossas vidas. E, embora seja o natural, o melhor, não aceitaremos, de início, insistindo no que nunca faria parte de nossas vidas de um modo tranquilo e natural.
Não podemos duvidar dos livramentos que a vida nos reserva. Não podemos trazer de volta o que já saiu e não foi bom.
Quando você se dá conta de que sua vida segue mais tranquila sem algumas coisas e pessoas que você queria tanto junto, você sente uma satisfação enorme.
É uma delícia parar de sofrer por quem não merece. Liberta.
*DA REDAÇÃO SAG. Foto de Brooke Cagle no Unsplash.
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