Os opositores de Evo Morales comemoram sua renúncia em La Paz. Ele renunciou neste domingo à Presidência da Bolívia, alguns minutos depois que o chefe das Forças Armadas, Williams Kaliman, sugeriu sua saída para permitir paz e estabilidade após 13 anos e três semanas de protestos violentos.
Segundo informações do jornal Clarín, o presidente da Bolívia que acaba de renunciar, Evo Morales, teria deixado a Bolívia em seu avião presidencial em direção a Argentina. Mas a BBC informou que o México concedeu asilo ao ex-presidente.
Foto: Juan Karita / AP Os opositores de Evo Morales comemoram sua renúncia em La Paz.
“Estou enviando minha carta de demissão à Assembléia Legislativa da Bolívia”, disse o presidente na televisão nacional da província de Chapare.
Antes de Morales terminar sua declaração, em La Paz e em outras cidades foram ouvidas buzinas, as pessoas saíram para celebrar a rua com bandeiras e pirotecnia bolivianas.
Na manhã seguinte, o presidente ainda havia se submetido às reivindicações da oposição e anunciado um chamado para novas eleições presidenciais, depois que uma comissão da Organização dos Estados Americanos (OEA) apresentou um relatório preliminar sobre a constatação de irregularidades na eleições presidenciais de 20 de outubro passado.
Mas o anúncio de Evo não foi suficiente e Kaliman emitiu sua própria mensagem:
“Depois de analisar a situação de conflito interno, sugerimos que o presidente do Estado renuncie ao seu mandato presidencial, permitindo a pacificação e manutenção da estabilidade em prol de nossos interesses na Bolívia.”
Além disso, ele ordenou operações militares aéreas e terrestres para neutralizar grupos armados irregulares, supostamente relacionados ao governo que estão atacando manifestantes da oposição que se mudam para La Paz.
Pouco antes, o comandante da polícia, general Yuri Calderón, ordenou que a polícia desde sexta-feira saísse às ruas para repelir os grupos armados supostamente oficiais e evitar vandalismo.
O assédio dos militares e da polícia aumentou o assédio da oposição contra funcionários do governo. Neste domingo, o ministro de Minas, César Navarro, renunciou depois que uma multidão incendiou sua casa em Potosí.
O presidente da Assembléia Nacional, Víctor Borda, também renunciou depois que os manifestantes mantiveram seu irmão em carcere privado, também em Potosí.
Por sua parte, o ministro dos Hidrocarbonetos, Luis Alberto Sánchez, anunciou sua renúncia através das redes sociais.
Evo Morales, o primeiro presidente indígena, esteve no poder por 13 anos e nove meses, o período mais longo da história do país. (Com informações de AP)
Foto: UESLEI MARCELINO/REUTERS
*Com informações de Proceso. Tradução e adaptação REDAÇÃO Seu Amigo Guru.
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