Fernando de Noronha, após lockdown, zera casos de covid

Fernando de Noronha conseguiu zerar os casos de covid-19. A administração local anunciou que os últimos quatro casos suspeitos foram descartados e que Noronha está livre do novo coronavírus.

A vitória veio após o primeiro lockdown do país, em 20 de abril. Fernando de Noronha foi o primeiro lugar do país a decretar o fechamento total. A medida, tomada em conjunto outras formas de proteção, já gerou resultados na crise do novo coronavírus na ilha:

De 28 casos confirmados, 25 pacientes já foram recuperados, restando ainda três, e firmando uma taxa de 89% de recuperação – uma grande discrepância com relação aos 56,7% da média nacional.

Claro que a região se beneficiou do isolamento natural, já que é uma ilha – a 545 km da capital de Pernambuco, Recife – mas as medidas duras também ajudaram. A decisão de lockdown quase imediata, tornou a ilha um exemplo na contenção do vírus.


A ilha está fechada

Com 3,3 mil habitantes, Noronha proibiu o turismo desde o dia 21 de março e a entrada de moradores desde o dia 5 de abril. O aeroporto que leva turistas foi fechado.

O Ministério Público de Pernambuco determinou que a Administração de Fernando de Noronha usasse a polícia para retirar moradores irregulares da ilha, e no dia seguinte, 18 de abril a ilha registrou 26 pacientes infectados.

No dia 20, o estado decretou lockdown em Noronha, o primeiro local do país a adotar o fechamento. Apenas pessoas com autorização podiam circular na Ilha, com um formulário preenchido com 24 horas de antecedência, dizendo a razão da saída.

Um hospital de campanha foi montado no auditório da escola do arquipélago e ficou pronto em 27 dias, mas ele nem chegou a ser usado.

Apoio às famílias que sobreviviam do turismo

O Ceasa se responsabilizou em distribuir cestas basicas para cerca de 700 famílias para ajudá-las nesse período sem turistas na ilha.
Também foi doado benefício de R$ 200 por mês para ajudar as famílias a comprar gás e água mineral.

Mesmo com poucos casos, o isolamento continuará

Guilherme Rocha, administrador do Distrito, disse que o jogo não acabou ainda e que é preciso continuar com o isolamento social. Por tanto, a ilha se beneficiará ainda mais um tempo da ausencia de humanos, e poderá se curar da melhor maneira possível.

Em breve receberemos ótimas noticias da natureza exuberante se reproduzindo naturalmente, sem a presença dos seres humanos, e nos maravilharemos com as imagens. Aguardem!

*Com informações Diário de Pernambuco.

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