Filme “O Feitiço de Áquila” revela como a tristeza age nos seres humanos.
Por Octavio Caruso – O Feitiço de Áquila (Ladyhawke – 1985) – Revisado e editado por Seu Amigo Guru.
O falecimento do ator Rutger Hauer me levou a rever esta obra, após muitos anos, um clássico da “Sessão da Tarde” da minha geração.
Foto: Rutger Hauer e Michelle Pfeiffer.
A minha lembrança mais forte, fora, claro, o apaixonante rosto da Michelle Pfeiffer no auge da beleza, era uma linha de diálogo que a mesma defende na cena em que é levada ferida (ainda como falcão), sentimento com que me identificava na época de bullying na escola, após ser perguntada se ela era real ou um espírito, Isabeau responde: “Eu sou tristeza”.
O primeiro impacto sensorial se dá devido ao belo contraste entre o período histórico retratado, uma juvenil fantasia medieval, e a modernista trilha sonora que amalgamava orquestra e sintetizadores, composta por Andrew Powell, um pop oitentista de altíssima qualidade, mas há também adoráveis toques bem-humorados típicos do diretor Richard Donner, alguns óbvios, outros sutis, como a pedra em formato de coração que o jovem Phillipe (Matthew Broderick) retira para fugir da prisão, uma forma poética de mostrar para o público, antes mesmo de apresentar o personagem, que ele, apesar de ladrão, não é uma pessoa ruim.
A história se baseia na ação de um bispo de Áquila que descobre que a sua amada Isabeau (Michelle Pfeiffer) está apaixonada por Etienne (Rutger Hauer). Enciumado, o bispo resolve lançar uma maldição sobre o casal, na qual durante o dia Isabeau se transforma em um falcão e à noite o cavaleiro toma a forma de um lobo. Dessa maneira, o casal não pode se entregar um ao outro, sempre juntos, eternamente separados.
A sequência mais linda segue muito emocionante nesta revisão, o momento em que testemunhamos o frágil intervalo de tempo em que o feitiço permite ao casal, segundos preciosos, juntos enquanto humanos.
O fiel amigo Phillipe, ao longe, lágrimas escorrendo pelo rosto, em profunda tristeza, entende pela primeira vez a inveja que, pouco antes, Etienne confessava.
Os efeitos visuais já datados, mas muito eficientes, sublinhando a impossibilidade do tão desejado toque das mãos.
A atuação inspirada de Hauer, o seu grito gutural de dor, de forte tristeza, a música elegante, a fotografia sempre competente do mestre Vittorio Storaro, tudo contribui para entregar uma das cenas mais bonitas em simbologia e execução do cinema da década de 80.
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