Jovem diz que usar a menstruação para cuidar da pele “É curativo e espiritual”.

Jovem diz que usar a menstruação para cuidar da pele “É curativo e espiritual”.

“Entendo que essa prática pode ser desafiadora para algumas pessoas, mas você pode pegar um coletor menstrual e aplicá-lo na pele. É como uma máscara facial da natureza”, explicou Gina Frances.

Atualmente está cada vez mais frequente mulheres olharem para a menstruação como uma forma de poder. Muitas estão retornando as origens, buscando ensinamentos indígenas de empoderamento feminino porque acusam o patriarcado de terem deturpado a menstruação e terem levado as mulheres a terem nojo de si mesmas e não entenderem os próprios ciclos.

Pelo menos parece ser o caso de Gina Frances, uma jovem de 28 anos de Nova Jersey, nos Estados Unidos que depois de muito tempo lidando com a vergonha da menstruação, aprendeu a ver o lado positivo de menstruar, melhor, aprendeu que é da menstruação que vem o poder feminino.

Na verdade, ela usa a própria menstruação para fazer máscaras faciais e cuidar da pele.

Conforme informou o Daily Star, Gina chegou a se sentir suja em algum momento de sua vida por ter que lidar com sua menstruação. Ela tentou escondê-la e adiá-la com anticoncepcionais, mas agora entende que faz parte de sua alma feminina e que o sangue que desse ciclicamente representa a sua força e a sua saúde. Por conta disso, ela começou a usar o próprio sangue para tratamentos de beleza e diz ter ótimos resultados. “Máscara facial da natureza”.

“Durante a maior parte da minha vida, odiei minha menstruação. Tomei anticoncepcional por 8 anos e o usei para manipular meu ciclo para pular minha menstruação. Quando finalmente parei com o controle de natalidade, não menstruei por cerca de um ano e comecei a frequentar círculos de mulheres e aprender sobre o útero”, disse ela .

Gina Frances

“Acho que a maioria das mulheres com ciclos menstruais se sente um pouco desconectada com seus períodos e tem uma vergonha profunda de sua menstruação. Quando você está no ensino médio, você esconde seus absorventes de todos, sente constrangimento se o sague suja a roupa e essa vergonha continua na vida adulta.”

Agora ela se sente satisfeita com o rumo que deu à sua vida e como passou a entender melhor o próprio corpo.

“Percebi que o útero e o ciclo menstrual eram coisas incríveis às quais eu queria dedicar minha vida e que queria compartilhar meu trabalho com o mundo. Nossos períodos são um momento poderoso para desacelerar e nos conectarmos com nós mesmos”, disse ela.

Entre os usos que ela dá ao sangue menstrual, pintar e regar as plantas também são os mais comuns.

“Seu ciclo é um momento maravilhoso para a criatividade, seja escrevendo, desenhando ou pintando. Você pode coletar seu sangue em um copo menstrual e fazer pinturas com ele. É uma forma feminina e profundamente curativa de autocuidado”, explicou ela.

Gina Frances

“Você também pode regar as plantas da casa com seu sangue menstrual. Se você usar roupas íntimas de menstruação, por exemplo, pode espremer seu sangue em um balde de água e devolvê-lo à mãe terra”.

“Seu sangue menstrual é um fertilizante incrível para as plantas. É uma bela maneira de devolver à natureza o que a natureza lhe deu primeiro.”

No entanto, o que parece ser seu principal interesse é o sangue para cuidar da pele, mesmo que possa ser desanimador para alguns.

“Outro fato realmente interessante é que o sangue menstrual é a maior fonte de células-tronco. É muito nutritivo para a pele e dá para usar como máscara”, expressou.

Gina Frances

“Entendo que essa prática pode ser desafiadora para algumas pessoas, mas você pode coletar seu sangue em um copo menstrual e aplicá-lo na pele. É como a máscara da natureza. É extremamente curativo se você tiver acne ou problemas de pele em um nível mais espiritual, a prática ajuda você a se conectar com o seu período e revelar o quão limpo e puro é o seu sangue menstrual.

Gina Frances

A jovem que agora mora na Austrália espera que sua experiência inspire outras mulheres.

“Entendo que algumas pessoas podem ficar com medo ou chateadas ao ouvir sobre essas práticas que mencionei. Meu trabalho visa provocar uma resposta e fazer as pessoas questionarem suas crenças existentes”, afirmou.

*DA REDAÇÃO SAG.