Por um momento eu me questionei: como pode ser amor se estou abrindo mão? Como posso amar alguém se estou tendo que ir embora? A resposta veio quando olhei pro espelho e pra dentro de mim: a gente vai embora não por deixar de amar alguém, mas pra não perder o amor por nós mesmos.
Ninguém dorme amando alguém e acorda deixando de amar. A distância, a falta, a irresponsabilidade, tudo isso machuca. Essas coisas afastam o amor. E aos poucos ele se transforma em algo que não vale mais a pena ser sentido ali. Naquela relação. Com aquela pessoa. Então você parte.
Mas não por essa ser a sua vontade, e sim, por parecer ser a coisa mais certa.
E que quando você descobre a leveza que o amor é capaz de proporcionar na tua vida, de dentro fora do teu corpo, você entende que não precisa se submeter a qualquer relação que te tire a paz.
E é por isso que você vai embora. Mesmo amando.
E é assustador quando chega o momento em que você percebe que não ama mais aquela pessoa que por tanto tempo, achou que fosse o amor da sua vida. Ou pior, que ainda ama, mas não dá mais.
É incrível como as coisas mudam, como o amor muda, nem sempre a gente fica com ”o amor da nossa vida”, um dia a gente percebe que amores da vida não doem.
E você vai entender o significado do amor quando precisar recolher o seu e seguir a sua viagem. Sozinho. Mesmo sem deixar de querer, mas precisar não querer mais porque dói ficar, dói querer, dói continuar amando aquela pessoa. A dor de partir parece melhor. e às vezes é.
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