O grande problema é que queremos tudo para hoje, tudo para o agora.

O grande problema é que queremos tudo para nós, tudo para hoje, tudo para o agora.

Nós somos pequenos ainda, e como pequenos, ainda não compreendemos que o mais importante é se aquilo nos faz bem ou não, não que seja nosso em definitivo, nem precisa ser.

Se incomoda, a gente quer distância ou pelo menos fingir que não existe, mas se nos faz melhor, aprendemos a amar no primeiro instante, e nem notamos os defeitos, as avarias, as marcas de todo processo que o fez chegar até aqui.

A gente precisa amar sim, mas curtir o agora sem se preocupar com o amanhã, sem se distrair com coisas que talvez nem aconteçam, ou talvez, apenas existam na nossa cabeça, naqueles monstros e criações que inventamos todos os dias, e que, sem perceber, só complica ainda mais a nossa vida.

Talvez a felicidade plena esteja em cada detalhe vivido, em cada momento curtido, em cada palavra trocada, em cada abraço aquecido, em cada beijo selado, em cada risada comprida, em cada olhar reduzido, a cada suspiro sentido, a cada beijo no ouvido.

O meu grande desejo agora é que eu me permita ser apenas eu. Que eu não dependa mais de ninguém.

Que eu seja sempre grato. Que eu viva a minha vida sem ter medo de mostrar quem sou.

Que eu seja feliz do meu jeito, ao meu modo, sem me preocupar com o que vão pensar de mim.

Que eu me aceite agora, que eu me defina agora, que eu me programe pra ser feliz agora, e o resto, que se “exploda”.

Eu me gosto assim, do jeito que sou, sem tirar nem por, sem emendas sobre aquilo que as pessoas pensam ou acham que deva pensar.

Eu gosto da minha edição limitada, quem tiver de gostar que me goste assim, porque não cabe a mim mudar pra agradar ninguém.

Eu não peço a ninguém que mude, eu não imponho sobre o que acho que é certo achar, eu digo o que penso e pronto. Eu sei esperar, não precisa ser tudo pra hoje, respeito meu tempo de aprendizado.

Concorda comigo? Ok! Não concorda?

Pode continuar discordando, não vai mudar nada do que penso, então, é melhor se acostumar, ou então, Au revoir, goodbye, adeus! Faça uma boa viagem!

*DA REDAÇÃO SAG. Texto Ricardo Ferraz. Foto de Norbert Kundrak na Unsplash

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