Seus livros já venderam mais de um milhão de exemplares e ele já realizou mais de 2.500 palestras focadas em motivação e desenvolvimento do potencial espiritual do ser humano. José Carlos De Lucca é juiz de direito e estuda, desde muito jovem, temas ligados à espiritualidade. Na Comunhão Espírita de Brasília, ele tocou o coração de um público de quase 900 pessoas, de todas as idades, falando sobre a sabedoria do bem viver.
A palestra foi transmitida para 44 países, por meio da TV Comunhão, e foi aberta pelo presidente da Casa, Adilson Mariz de Moraes, que chamou a atenção para o grave problema dos dias atuais, em que os jovens estão tirando a própria vida e muitas pessoas estão buscando consolo na Comunhão. “José Carlos de Lucca nos fortalece nessa caminhada, como pais que somos”, frisou.
Jesus continua oferecendo a proposta de cura profunda, do corpo e da alma
O conceito de saúde vai além da mera ausência de doença. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), só é possível ter saúde quando há completo bem-estar físico, mental e social. Nesse contexto, e segundo De Lucca, todos nós estamos doentes de alguma forma. “O maior passo da cura é reconhecer-se enfermo”. Ele falou sobre os métodos terapêuticos que Jesus usou, de acordo com cada necessidade. “A enfermidade é um processo de dentro para fora. Quando invocamos a cura do mestre Jesus, ele pede que nós vivamos o reino da justiça, da paz e do amor”.
José Carlos de Lucca chama a atenção para a abordagem do Cristo, que levantou a questão da verdadeira vontade de ser curado. “Coisas do inconsciente muitas vezes bloqueiam a cura”, ressaltou, citando um dos milagres de Jesus, relatado nos evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas, quando Cristo pergunta a um paralítico, em Cafarnaum, se ele quer mesmo ser curado, e diz uma de suas mais famosas frases: Levanta-te e anda!
Segundo ele, a gastrite nervosa, a pressão arterial em desequilíbrio, o câncer e tantas outras doenças são mecanismos, muitas vezes, do inconsciente. Adoecer, em alguns casos, chama a atenção de familiares e amigos, que se desdobram em cuidados e carinho ao doente. “A doença é um grito de alerta. Precisamos ser amados pela nossa exuberância, pelo que temos de bom, não pela nossa miséria”, destacou.
De Lucca lembrou a orientação do Doutor Bezerra de Menezes, que no livro Saúde do Espírito, psicografado por André Ruiz, defende o equilíbrio do corpo pela aquisição da verdadeira saúde: a do espírito. “Não podemos querer apenas a cura do corpo”, ressaltou o palestrante.
Uma questão de fé
A fé, cuja palavra origina-se do latim fide, vem de fidelidade e confiança, e tem a ver com o modo de proceder. Confiar em Deus e olhar para dentro de nós mesmos, segundo De Lucca, é o melhor remédio para esse processo de enfrentamento.
Ele chamou a atenção para o fato de que o processo de enfermidade que enfrentamos vem muitas vezes do armazenamento de sentimentos como ódio, mágoa ou rancor. “Todo pensamento modifica nossa química corporal. Estamos contaminando nosso sangue”, alertou.
Por que e para que estamos doentes? Esse foi um dos questionamentos do orador, que citou William Sheakspeare em sua famosa frase: “Guardar ressentimento é como tomar veneno e esperar que a outra pessoa morra”.
De Lucca falou sobre a declaração do Dalai Lama, ao ser questionado sobre a sua saúde ferro: “Não como arroz de ontem”. Ele explicou que precisamos exorcizar nossos demônios para podermos ter uma vida de luz. “A vida quer arroz novo. A cura vem da renovação”, finalizou o palestrante.
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