Optamos por fazer um pacto com a mediocridade. Não fazemos nada. Vamos levando a vida. É quando decidimos não estudar por preguiça, não investir na carreira ou num novo emprego por acomodação, não terminar uma relação fracassada por medo de ficar sozinho, não confrontar o chefe ou o colega para evitar desgaste, não brigar com os filhos para evitar a culpa.
Ostra feliz não produz pérola. Quem produz é o grão de areia. O dito popular demonstra que sem feridas não nos transformamos.
Sem uma boa chacoalhada da vida a chance de avançarmos será mínima. É na crise que eu me viro, que eu corro atrás, que eu saio da inércia.
Mas não só a crise, a ambição também nos move.
Querer o progresso, um futuro melhor para si e para a família nos faz buscar novos horizontes, novos desafios. O certo é que a mudança é regra da vida e quem se agarra ao conhecido está fadado ao fracasso.
Alguém já disse: Mudar é difícil, mas não mudar é fatal. Estamos falando de mudar atitudes, relações, propósitos de vida, hábitos e crenças.
A crise vem para causar a mudança ou mudamos para evitar a crise. Sem mudança, a crise é certa, cedo ou tarde.
No entanto, enfrentar o desconhecido gera medo e insegurança.
E se eu não conseguir aquele emprego?
E se não passar naquela prova?
E se não achar um novo parceiro? E se meus filhos não aceitarem?
E se eu não tiver dinheiro?
E se meu chefe não concordar?
E se não der certo?
O medo de fracassar, de arrepender-se, de sair da zona de conforto é atroz.
Na ânsia de evitarmos o que consideramos um grande sofrimento optamos por fazer um pacto com a mediocridade. Não fazemos nada. Vamos levando a vida, fingindo felicidade.
É quando decidimos não estudar por preguiça, não investir na carreira ou num novo emprego por acomodação, não terminar uma relação fracassada por medo de ficar sozinho, não confrontar o chefe ou o colega para evitar desgaste, não brigar com os filhos para evitar a culpa.
Vamos vivendo vidas medíocres, sem projetos, sem sonhos, sem sucessos, sem alegria genuína, sem confiança, sem transformação. Mas com ilusórias certezas de que tudo será amanhã como tem sido até hoje.
Ao final de cada ano firmamos compromissos de mudança, mas os deixamos pelo caminho, esquecidos e relegados às desculpas da falta de tempo, de oportunidade, de sorte.
A saída é achar felicidade na repetição de si mesmo, ano após ano.
Reinventar-se não é uma opção. Seguimos a vida com sorrisos forçados, gargalhadas mentirosas e desculpas esfarrapadas. Mantemos crenças e tradições como se fossem lei. Adotamos a filosofia de vida de nossos avós como se fossem verdades imutáveis. Evitamos o novo a todo custo. Queremos perenidade.
Se você está cansado da mesmice de sua vida, insatisfeito com o trabalho ou o casamento, farto de ser o capacho de alguém ou de não conseguir o que sonha, enfim, onde quer que sua alma anseie por mudança está a sua chance de sair da mediocridade e parar de fingir felicidade.
Reinventar-se é ter a coragem de romper com padrões e abraçar a mudança. É arriscar o desconhecido, insistir em um propósito, deixar para trás atitudes e crenças enganosas. É, portanto, tomar consciência de seus desejos e limitações mais profundos.
A recompensa será, pela primeira vez, uma vida que vale a pena ser vivida e a única certeza que existe: a de que a felicidade genuína depende exclusivamente de você.
FOTO: ERIC AUDRAS VIA GETTY IMAGES
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