O perigo da aceleração mental e do estresse: Um estado constante de alerta!
É indiscutível que de uma maneira ou de outra, vivemos todos sob pressão, de acordo com os critérios e condições da vida moderna. Atualmente, as demandas são inúmeras, precisamos dar conta das mais diversas atividades simultaneamente, sejam estas impostas por outros ou por nós mesmos.
Precisamos trabalhar e muitas vezes levamos mais trabalho para casa, estratificando com outras tarefas que são próprias do lar, como cuidar dos filhos e da casa. E tudo com tempo especificado de entrega, cronometrado nos ponteiros do corre-corre que sobrecarrega de maneira absurda o nosso organismo e prejudicando o nosso sistema biopsicofisico e hormonal.
Estamos sempre apressados para não perder o horário, para encarar o engarrafamento do trânsito, para chegar ao trabalho, para se preparar para aquele exame.
Vivemos constantemente sob pressão, sendo o estresse o nosso companheiro inseparável.
O estresse apresenta 3 estágios: o positivo, o de risco e o de exaustão.
Como podemos observar, o estresse não é necessariamente ruim quando é positivo. Este é motivador, nos faz levantar da cama todos os dias com um propósito e sentido de existência, o que é extremamente saudável.
O problema se instala quando não sabemos administrar o estresse, quando não aprendemos a desacelerar, a relaxar, e não aceitamos ou não percebemos o momento de dar uma pausa.
Nesta situação específica, o estresse deixa de ser um mecanismo de defesa, um fator protetivo para ser nosso vilão, tornando-se nocivo e sendo causa de inúmeros desequilíbrios psicofísicos que se traduzem principalmente nas doenças psicossomáticas.
O estresse é também um grande aliado para o desenvolvimento de um esgotamento nervoso, podendo levar a estados depressivos ou à Depressão propriamente dita, pelo exaurimento dos recursos psicofísicos do organismo, configurando-se em estresse de exaustão (fase 3).
Entre a fase positiva do estresse e a de exaustão, temos a fase 2, que é a de risco ou de alarme, onde o organismo emite diversos sinais de alerta e que muitas vezes são desconsiderados.
Nesta fase, o sistema imunitário, responsável pela proteção do organismo contra agentes invasores, se fragiliza, tornando o organismo vulnerável para o desenvolvimento de diversos tipos de doenças.
Na fase de risco do estresse, a pessoa passa a ficar gripada com mais frequência, as pequenas alergias surgem com mais facilidade, tais como coceiras e rinite que se manifestam em momentos pontuais de estresse, antes de cronificar-se.
Sendo assim, é necessário respeitar os sinais de alarme que o organismo emite para que o estresse não passe para a fase alerta, tampouco de exaustão, onde são manifestadas doenças inflamatórias e autoimunes.
Nesta fase é comum surgir doenças como a gastrite nervosa, hipertensão arterial, impotência sexual, Transtornos Ansiosos e Depressivos.
O estresse negativo também contribui de maneira significativa para o desenvolvimento de algumas doenças autoimunes, como o Lúpus Erimatoso Sistêmico, o Vitiligo e o Diabetes Tipo 1.
Fatores de proteção contra o estresse negativo:
Alguns hábitos saudáveis, embora simples, trazem uma grande diferença em nossas vidas.
Abaixo, elenquei 7. Estabeleça ao menos 3, coloque-os em prática na sua rotina e observe os resultados positivos surpreendentes. Segue a lista:
Faça exercícios físicos. Caso seja sedentário e não tenha hábito de fazer atividades esportivas, você pode iniciar fazendo uma leve caminhada de 30 minutos, 3 vezes por semana;
Psicoterapia: através da psicoterapia são identificados os agentes deflagradores de estresse, revendo o estilo de vida que levou o paciente à fase de risco ou exaustão.
A partir da identificação dos agentes causadores de estresse, são aplicados instrumentais terapêuticos específicos, bem como trabalhados fatores protetivos e preventivos no campo da Psicologia;
Yoga;
Faça atividades que promovam sensação de prazer e bem estar: Reserve um tempo para momentos de lazer e descontração saudáveis, pois estes liberam endorfinas, as moléculas do prazer e que promovem sensação de bem estar;
Exercícios de alongamento muscular;
Reposição de vitaminas somente a partir de uma avaliação médica;
Alimentação saudável e equilibrada através de acompanhamento realizado somente com o endocrinologista e nutricionista;
Meditação;
Nota importante: Este artigo tem função informativa e psicoeducativa, não substituindo o diagnóstico profissional. Caso se identifique com os sintomas elucidados, procure ajuda médica e psicoterapêutica.
*DA REDAÇÃO SAG. Foto de Luis Villasmil no Unsplash
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