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Os impactos da depressão: os farmácos não funcionam mais como antes?

Os impactos da depressão: os farmácos não funcionam mais como antes?

Estima-se que até 2030 a depressão afete mais pessoas do que qualquer outro problema de saúde. É possível que haja 100 tipos de depressão diferentes, que alcançam todas as classes sociais, gêneros, raças ou etnias.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a depressão atinge atualmente 12 milhões de brasileiros. E os dados do Ministério do Trabalho apontaram que foram 576,6 mil afastamentos por transtornos mentais em 2020.

O estrago da Covid-19 na saúde mental é descomunal. A pandemia aumentou os impactos da depressão no Brasil e no mundo, deixando cicatrizes psicológicas, que afetam crianças, jovens e adultos. As mulheres, pelo estresse e os pobres por questões econômicas são os mais atingidos pela depressão na pandemia.

A depressão é uma tristeza profunda e prolongada, que gera ansiedade, produz alterações no sono, distúrbios alimentares, irritabilidade, fadiga e ideações suicidas, desordenando todas as dimensões da vida.

Por isso é difícil identificar as causas dessa doença, sendo necessário um diagnóstico profissional, capaz de orientar o melhor tratamento, que pode ser terapêutico, psiquiátrico ou farmacológico, permitindo que 70% das mortes associadas à depressão sejam evitadas.

O neurobiólogo israelense Alon Chen afirmou que os fármacos atuais contra a depressão são os mesmos de 50 anos atrás. O problema não é que eles sejam antigos, mas porque estão deixando de funcionar.

Chen alertou que precisamos de novos tratamentos e um melhor mapeamento do cérebro, já que a sua depressão e a minha podem ter os mesmos sintomas, porém, são totalmente distintas em nível genético, ambiental e social.

O que será preciso fazer então?

O autoconhecimento será indispensável para as pessoas que são diagnosticadas com depressão, cada pessoa deverá buscar a máxima “conhece a ti mesmo”, sem esse conhecimento sobre si mesmo, mesmo que sejam receitados medicamentos, possivelmente, eles não serão tão eficazes quanto antes. Terapias alternativas serão necessárias para que possamos cuidar da saúde integral de cada indivíduo.

A vida muda, as pessoas mudam e as doenças mentais também. É preciso se conscientizar da necessidade de olhar para si como um ser diferente de todos os outros e buscar o tratamento que se adequa melhor a sua necessidade.

*DA REDAÇÃO SAG. Foto de Angel Balashev no Unsplash.

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Jackson César Buonocore

Sociólogo e Psicanalista

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