O amor espiritual é despido de ego. Ele ampara e dá segurança sem pedir nada em troca, sem exigências.
O amor deve ser uma benção, nunca um tormento. Se gera desconforto e ansiedade nos mostra que não compreendemos o seu real significado. Quando expressa paixão física de efêmera duração, é apenas um mecanismo de fuga da realidade.
Quem não espera encontrar o amor de sua vida, viver uma relação apaixonada, de cumplicidade e companheirismo?
Mas a busca, para muitos incansável, pelo parceiro ideal, tem resultado cada vez mais em desilusão, incompreensões, frustração e sofrimento.
Enquanto homens e mulheres se entregam a estratégias de conquista, teorias sobre o que agrada e desagrada ao sexo oposto, e tentativas de se tornar a parceria perfeita, o amor vai se tornando mercadoria a conquistar, comprar, trocar e reter a qualquer custo.
Este é o tipo de amor mais superficial que pode existir entre dois adultos: uma forma de exteriorizar necessidades e carências imediatas, um turbilhão de emoções, ansiedades e conflitos que colocam sobre o parceiro ou parceira a responsabilidade sobre nossa felicidade.
O que ocorre neste tipo de relação é simplesmente a morte do amor, pois o investimento é feito para que o outro nos preencha, o que é puramente uma ilusão. Incapacitados de nos auto-responsabilizar pela própria construção da felicidade, imputamos ao outro, ingenuamente, a utopia dessa conquista.
Imaginamos que uma relação amorosa será capaz de acalmar angústias, medos e sentimento de solidão. Doce engano do vazio existencial. Ciúme, desconfiança, insegurança e agressões transformam o amor em algoz que aprisiona e asfixia.
Quando conseguimos ultrapassar esta fase imatura do amor físico, baseado apenas no desejo de receber mais do que dar, atingimos o segundo estágio do amor, que é o amor mental.
Este tipo de relacionamento baseia-se no estímulo das emoções mais elevadas, do sentimento de compreensão, do desejo de oferecer mais do que receber, da afetividade genuína. O amor mental exige amadurecimento, respeito e responsabilidade.
Já o último estágio do amor, o espiritual, é repleto de harmonia, calma, alegria de viver, bem-estar.
Uma entrega mais profunda, quando se aspira ao melhor, ao belo.
O amor espiritual é despido de ego. Ele ampara e dá segurança sem pedir nada em troca, sem exigências.
Somente quando atingirmos este terceiro nível é que nos daremos conta da complexidade e do desafio que é vivenciar o verdadeiro amor e da mensagem de vida abundante que este sentimento carrega.
O amor deve ser uma benção, nunca um tormento.
Se gera desconforto e ansiedade nos mostra que não compreendemos o seu real significado. Quando expressa paixão física de efêmera duração, é apenas um mecanismo de fuga da realidade.
Não há nada de mal em querer um amor. Mas a recomendação para que o sentimento atinja níveis elevados de satisfação é apenas uma: ame, distribua afeto, não aguarde recompensas e se prepare para ser o que gostaria de ver no outro.
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