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Pessoas invasivas, que julgam e criticam o tempo todo, não conseguem olhar para si mesmas!

Pessoas invasivas, que julgam e criticam o tempo todo, não conseguem olhar para si mesmas!

As pessoas que criticam e julgam as escolhas e o comportamento dos outros, na verdade, não os aceitam como são, e querem que eles sejam e ajam conforme as suas necessidades e vontades particulares.

Elas não conseguem aceitar os outros como são pois são egocentristas. Enxergam a si mesmas como potencialmente superiores e são desprovidas de humildade.

Falta-lhes maturidade emocional e empatia para entender as nuances que revelam os motivos dos outros.

Eles criticam, julgam e se acham superiores

O vício em julgar e avaliar o outro, não passa pela vontade de tentar compreender as atitudes, os seus comportamentos e a sua personalidade, é apenas um impulso para satisfazer suas próprias certezas e reafirmar suas verdades que satisfazem a uma única pessoa: ela mesma.

Os “julgadores profissionais” agem sempre como se fosse o outro fosse um objeto de estudo para que eles possam se autoafirmar e se vangloriar de ser melhores do que aqueles que eles julgam. E esse movimento constante de olhar para fora, os impedem de avaliar a si mesmos.

Há algo que nos uni por semelhança: Somos humanos!

O que acontece, na verdade é uma busca pela “perfeição” pessoal, dentro do social, que revela uma forte necessidade de aceitação.

O oposto disso é a evolução pessoal onde o indivíduo trabalha a sua própria natureza interior, que o transforma em um simples observador que é antônimo de crítico ou julgador.

O observador apenas se atem aos fatos. O fato é o que aconteceu, o que foi dito, o que foi feito. A partir do fato, o observador pode tirar as suas conclusões dentro do seu entendimento pessoal.

O observador passa a ser crítico e julgador quando ele interpreta esse fato, quando ele tenta avaliar, dentro da sua concepção de certo e errado, e emite a sua opinião frente àquilo que aconteceu. A partir dai ele se torna uma julgador, porque se coloca em uma posição superior.

Expor uma opinião construtiva não é um julgamento, nem uma crítica, é uma mera observação, a crítica e o julgamento se dão quando o observador se julga no direito de fazer uma interpretação “pejorativa” do fato, acusa, desdenha, diminui, e invalida o outro.

Para conduzir o diálogo de maneira diplomática é preciso que se tenha cuidado com as palavras! O observador que quer contribuir para a evolução do seu próximo não vai julgar, vai conduzir a conversa no sentido de se igualar com o outro e não, se mostrando superior a ele.

Entender o outro e responder às suas ações usando a cognição e a empatia considerando a sua personalidade, mesmo quando se quer contestar algo que foi dito ou feito é um ótimo mecanismo que evita conflitos e, tem mais chances de atingir o objetivo, que é a conquista da confiança daquele que desejamos ajudar com a nossa opinião.

Nos faltam espelhos quando enxergamos algo de errado nos outros. É temeroso ter que avaliar a si mesmo e perceber que muitas das nossas ações não são corretas.

Não deveríamos julgar os outros, e nem a nós mesmos, porque julgar apenas aponta a sujeira, não a limpa. Apenas coloca o dedo na ferida, não cura.


Aqueles que criticam e julgam excessivamente, desconhecem o significado de empatia e compaixão

Para olhar para si mesmo e para os outros devemos sempre incluir um ingrediente importantíssimo: A compaixão.

Devemos ter compaixão com os outros, com o nível de entendimento, com a condição emocional que contemplam as suas histórias de vida.

Devemos aceitar que eles só poderão oferecer o que eles têm, e principalmente, que eles terão que seguir por caminhos que eles mesmos escolherem, e precisamos compreender que não temos o poder e nem devemos querer ter o controle sobre as suas escolhas.

O que eles escolhem viver e fazer são caminhos que fazem parte do aprendizado que eles precisam absorver e cabe a nós apenas aceitar, e entender, que o que acontecer a partir das suas escolhas será sempre o melhor para ele.

Essas situações que serão desencadeadas a partir de suas escolhas,servirão tanto para eles aprenderem com a vida, quando para eles serem pessoas melhores, mesmo se o que vier a acontecer for algo ruim.

As pessoas que julgam e querem mudar a forma como as pessoas ao seu redor vivem ou enxergam a vida, na verdade, não encontraram ainda o seu lugar no mundo, e por isso, querem ficar vivendo a vida dos outros, querem assumir o lugar dos outros. E por mais que elas incomodem muito aqueles que precisam conviver com elas, esse comportamento frente a vida, machuca e fere muito mais a elas, do que a quem recebe as suas e julgamentos excessivas.

A realidade das suas próprias vidas é muito sombria.

O julgador não percebe o próprio defeito, ele sempre acredita que está certo, não aceita a opinião alheia, e tem profunda aversão por “feedbacks” negativos.

Ele tem uma dificuldade absurda em admitir os próprios erros porque busca a perfeição em si, e nos outros, e quando percebe que outras pessoas não o validam com a mesma perfeição que ele se projeta, ele se revolta e os ataca com severa agressividade, com palavras ofensivas e atitudes desagregadoras.

Não podemos nos deixar influenciar pelas pessoas que criticam e julgam a nossa vida, pois não sabemos se elas vieram mediante a uma verdade, uma vaidade, ou uma enfermidade. Mas devemos ter a hombridade de nos analisar friamente para fazer as mudanças necessárias em nossas atitudes, e pensamentos.

A mudança que queremos ver no outro deve começar em nós

Que possamos emitir opiniões acerca do comportamento alheio, com base em nosso próprio crescimento e maturidade se formos solicitados, caso não tenham solicitado a nossa opinião, que tenhamos a sensatez de nos manter em silêncio.

Devemos sempre expor as nossas visões no formato de palavras que carreguem um encadeamento de ideias, que leve o outro a uma ascensão e não a um rebaixamento. Quando elevamos o outro, conquistamos um espaço em suas vidas através da nossa própria experiência e evolução.

Nesse contexto, nossas opiniões sempre serão bem vindas, e serão recebidas como um presente. E não como uma critica, julgamento e condenação.

Aqueles que criticam e julgam e se sentem bem após emitirem as suas opiniões regadas de “achismos” subjetivos, na verdade, estão querendo fugir da necessidade urgente de olhar para as suas próprias vidas.

Afinal, o outro sempre carrega aspectos que são ou já foram nossos. Também por isso é sempre tão mais fácil enxergar no outro aquilo que não conseguimos enxergar em nós mesmos.

Foto de LOGAN WEAVER em Unsplash

*texto de Fabiano de Abreu – Doutor e Mestre em Psicologia da Saúde pela Université Libre des Sciences de l’Homme de Paris; Doutor e Mestre em Ciências da Saúde na área de Psicologia e Neurociência pela Emil Brunner World University;Mestre em psicanálise pelo Instituto e Faculdade Gaio,Unesco; Pós-Graduação em Neuropsicologia pela Cognos de Portugal;Três Pós-Graduações em neurociência,cognitiva, infantil, aprendizagem pela Faveni; Especialização em propriedade elétrica dos Neurônios em Harvard;Especialista em Nutrição Clínica pela TrainingHouse de Portugal.Neurocientista, Neuropsicólogo,Psicólogo,Psicanalista, Jornalista e Filósofo integrante da SPN – Sociedade Portuguesa de Neurociências – 814, da SBNEC – Sociedade Brasileira de Neurociências e Comportamento – 6028488 e da FENS – Federation of European Neuroscience Societies-PT30079.
E-mail: deabreu.fabiano@gmail.com

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Fabiano de Abreu

Fabiano de Abreu Rodrigues é psicanalista clínico, jornalista, empresário, escritor, filósofo, poeta e personal branding luso-brasileiro. Proprietário da agência de comunicação e mídia social MF Press Global, é também um correspondente e colaborador de várias revistas, sites de notícias e jornais de grande repercussão nacional e internacional. Atualmente detém o prêmio do jornalista que mais criou personagens na história da imprensa brasileira e internacional, reconhecido por grandes nomes do jornalismo em diversos países. Como filósofo criou um novo conceito que chamou de poemas-filosóficos para escolas do governo de Minas Gerais no Brasil. Lançou o livro ‘Viver Pode Não Ser Tão Ruim’ no Brasil, Angola, Espanha e Portugal.

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