Espiritualidade íntegra: A compreensão do sentido de tudo!
Uma pessoa íntegra vive a sua verdade de maneira plena, se coloca no mundo com uma conduta reta, entende a honra como algo a ser preservado e imaculado, se dedica aos outros e a si mesmo de forma ética, educada, enfrenta os percalços com dignidade, preservando o amor próprio e a inocência porque sabe que em tudo que vive existe um forte significado.
Uma pessoa íntegra busca constantemente se conhecer por inteira, admira a inocência e a nutre em si mesma, vive e caminha lado a lado com a justiça, e se edifica, promovendo diariamente a pureza da sua alma e do seu espírito.
Viver a verdadeira espiritualidade de maneira integral é compreender que em tudo na vida existe um forte significado!
Mas para chegar a esse estágio é preciso buscar elementos que nos leve a um despertar da consciência através do poder transformador da PALAVRA.
Espiritualidade se refere ao espirito, ao intangível, e as religiões estão vinculadas a ela, mas não são essencialmente ela.
Quem crê haver entre nós outra coisa além da matéria, é uma pessoa espiritualista, e a religião tende a ser o nexo que permite desenvolver esta relação, mas não é o que a determina.
Religião é a crença. Espiritualidade é o espirito, é a certeza da imortalidade da alma e da vida eterna. Mas o vínculo entre o homem e Deus é pessoal e íntimo, e pode ser alcançado mesmo quando desvinculado de crenças religiosas.
A espiritualidade atua na pessoa como um todo, independente da crença, mas se limita ou se expande de acordo com o que cada indivíduo crê.
Não exige rituais, mas trabalha ritos transformadores, não está apenas na Igreja, nem em templos, mas distribui seus conhecimentos em muitos deles, não te pede dízimos, mas sim, caridade e solidariedade.
Não promete retirar o diabo do seu corpo, mas ensina a iluminar as suas sombras, não compreende as promessas que visam benefícios e ganhos, mas te envia lições para que aprenda a dar mais valor as coisas do espírito e menos valor para as coisas da matéria.
A humanidade se dividiu em religiões, e delas se utilizou para travar guerras em nome de Deus. E todas os conflitos que se estabeleceram derivaram do mau uso da palavra, através da mesquinhez religiosa.
Ela segue a lei imutável que avança sobre os dogmas, e combate as ilusões da religiosidade mesquinha. Essa lei origina-se da palavra e baseia-se na justiça do plantar, semear e colher, assim como a sábia natureza nos ensina diariamente!
Seguindo essa lógica, de que somos partes integrantes dessa natureza divina, é possível entender que para algo novo florescer, tanto no plano físico quanto mental/emocional/espiritual, algo precisa morrer.
Aludindo o mundo vegetal, entende-se na espiritualidade íntegra que para evoluirmos e gerarmos bons frutos, devemos realizar podas constantemente, retirando o que não está mais saudável e nutrindo o que está florescendo. Voltando essa analogia para nós humanos, devemos realizar essas podas em nós através da reforma íntima.
A espiritualidade nos leva a compreender nessa metáfora que de tempos em tempos, também somos contaminados por “ervas daninhas naturais”, que a nossa natureza humana nutre, e por isso precisamos sempre inspecionar as nossas folhas, regar nossa raiz, acrescentar doses de adubos, que no caso das pessoas espiritualizadas, são doses de autoconhecimento, amor próprio e sentido real de vida.
A espiritualidade contempla a nossa totalidade em unicidade com Deus.
Primeiro devemos ser os mestres de nós mesmos, depois devemos dar o nosso exemplo cumprindo o dever de alcançar a felicidade em vida e depois dela, e nessa jornada de individuação, ir angariando mais pessoas para o nosso templo, culto ou igreja interior!
As crenças que nos conectam com a religiosidade mesquinha e distorcem a PALAVRA também podem revelar as nossas sombras e a nossa desconexão com a verdade.
A religiosidade está embutida em nossas vidas, e é extremamente difícil se desapegar de alguns dogmas religiosos. A oração conhecida amplamente como a “enviada por Deus”, de acordo com a Igreja Católica, “O Pai Nosso”, é uma ferramenta que o cérebro dos católicos repete inconscientemente, digo isso porque tive formação católica, mas aqueles que tiveram outras formações religiosas seguem padrões de oração diversos.
A minha herança religiosa me leva a rezar um “Pai Nosso”, é instintivo, fruto do modo como fui criada, mas quando percebo que estou repetindo padrões, e que a minha oração está saindo apenas mecanicamente, e as palavras não ecoam no meu coração, compreendo que a palavra para ter força precisa gerar sentida.
Nesse instante de conscientização e despertar, volto para dentro de mim e busco uma conexão com a espiritualidade como um todo, não a segmento, e começo a expressar uma oração mais sincera, fruto do meu caminho de individuação e da minha verdade.
Essa oração revela se estou conectada ou desconectada dependendo do nível de alcance vibratório que me encontro.
Se eu me sinto inteira, e confiante o medo vai embora, minhas angustias perdem o sentido e a luz se ascende onde havia escuridão. Esse é um sinal claro que eu alcancei o nível vibratório ideal para fluir com Deus!
Como no Universo inteiro, energias se fundem, e as vibrações são intensas na natureza exuberante.
Nossas naturezas física, mental e espiritual são também exuberantes, vibram de acordo com as energias invisíveis que compõem o todo, e a interligação é tão real que as fabricamos em nós.
Me refiro as nossas intenções, pensamentos, emoções e sentimentos, que não são palpáveis, por tanto, são frutos de energias em movimento.
Emoções são respostas neurais para estímulos externos, enquanto os sentimentos são respostas às emoções.
Buscando entender certos padrões, a pessoa espiritualizada, para de buscar Deus externamente, e passa a senti-lo de maneira extasiante dentro de si, essa atitude a leva aprender a deixar fluir as emoções e cultivar bons sentimentos através do poder transformador da PALAVRA.
A pessoa que vive uma espiritualidade íntegra acredita que Deus é uma energia invisível que criou tudo, ou simplesmente não se atreve a tentar explicar aquilo que a sua compreensão não alcança, mas deseja ardentemente sentir essa energia, e busca, a cada respirar, essa fonte de vida. Ela deseja se sentir parte dela, e começa a cocriar a sua vida enquanto se conecta a ela.
O sentir passa a ser mais importante do que o ter, e aos poucos ela começa a sentir a energia de Deus pulsar dentro dela e não fora.
Ao se entender como parte da criação de Deus, a vibração que emite gera sincronicidade. Dessa sincronia, nasce a manifestação e a resiliência, que florescem na aceitação das emoções, e na transformação dos sentimentos. Esse limiar da aurora também se dá através da palavra.
Se vendo como um fragmento do todo, essa pessoa se sente maravilhada e a agradecida por fazer parte disso tudo! Porém, sabe que é preciso se utilizar do poder da palavra com sabedoria para que possa se manter dentro do processo e conquistar avanços significativos.
A espiritualidade está atenta a tudo.
Quando o ser passa a buscar autoconhecimento, a transformar as suas atitudes, a aprender com os erros, sem medo de errar, e principalmente, quando ele aprende a lidar com as próprias emoções, ele estabelece a autoaceitação de todas as suas características, tanto positivas, quanto negativas, a honrar pai e mãe, a promover benfeitorias, e se liberta da necessidade de mudar os outros e prioritariamente passa a transformar a si mesmo.
Quando essas pessoas param de tentar negar as suas partes obscuras e começam a se aproximar do que não é tangível, mas potencialmente sentido, elas olham de frente e com coragem para essas questões que precisam ser trabalhadas e transformadas, e contemplam estupefatos a possibilidade da autocura.
A pessoa que vive a espiritualidade de maneira íntegra não nega as suas sombras, nem todas as suas partes tidas como “defeitos”, amplamente apontados pela família, amigos e conhecidos como pontos que devem ser mudados nela, ela se permite a, como tudo no Universo, evoluir, pois entendeu a importância de traduzir a essência da vida através da frase:
“No princípio era a Palavra, e a Palavra estava com Deus, e a Palavra era Deus” João 1:1.
As nossas sombras podem ser iluminadas através da PALAVRA, mas para isso, precisamos nos conscientizar, e despertar para o fato de que existem sombras que precisam ser iluminadas em nós.
A partir daí poderemos compreender que as palavras possuem um poder transformador, e que são capazes de acender a luz da consciência e da autorresponsabilidade em nós.
Leia mais da autora: “Inteligência é a capacidade de se adaptar à mudança”. Stephen Hawking
*Texto escrito pela jornalista Iara Fonseca – Instagram @escritoraiarafonseca *Foto: Filme A Cabana/Divulgação
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