Quem perdoa o outro já perdoou a si mesmo! Perdoar é entender e aceitar os processos uns dos outros! Quem ainda não se aceitou, precisa jogar pedras nos outros e apontar seus defeitos, para se sentir melhor!
Por Andrade Moraes
Nossa condição falha indica que somos processo, estamos em construção. Ninguém chegou, mas estamos a caminho.
É terapêutico tomar consciência de nossa falibilidade. E nos perdoar por ainda não conseguir, por ter errado, se equivocado, feito o diagnóstico covarde na interpretação dos afetos.
O primeiro passo rumo a maturidade é entender nossas debilidades e aceitar as nossas limitações.
Descubro onde sou fraco, descubro o que não sei e o que preciso desenvolver.
O autoconhecimento nos arranca das mãos da hipocrisia.
Abdicamos das mentiras que contamos para nós mesmos a fim de amenizar o impacto da feiura de nossas incoerências.
Já não carecemos fingir inocência para não sermos esmagados pelo peso das falhas que cometemos e mais nos envergonham.
Ao parar de justificar e fingir que somos os arautos da pureza, entendendo que não precisamos estacionar o caráter nas grades da covardia, desenvolvemos empatia.
Aprendemos a julgar menos e estender mais as mãos, pois os indivíduos desolados que precisam de ajuda, nos remetem ao nosso processo.
Um dia fomos eles. E quem não enfrenta as próprias precariedades com honestidade, é implacável ao descobrir que o outro foi flagrado fazendo aquilo que assombra o seu coração.
Quem perdoa o errante, aprendeu, antes, a perdoar a si mesmo. Mas quem ainda não se aceitou precisa lançar pedras!
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