A grande vantagem dos indecisos: Ser indeciso não é tão ruim!
Ser indeciso costuma ser visto como uma espécie de “maldição”. Para muitas pessoas, pode parecer uma característica irritante e inadequada, mas não é bem isso que pesquisadores descobriram.
Pessoas indecisas podem até parecer pouco confiáveis porque não apenas demoram a tomar decisões mas, às vezes, também mudam de ideia. E essa é uma grande vantagem dos indecisos.
Na verdade, nossa sociedade sempre promoveu consistência e estabilidade, elogiando aqueles que se mantêm fiéis aos seus princípios, convicções e decisões. Porém, a verdade é que às vezes essa estabilidade de julgamentos, decisões e comportamentos pode beirar a rigidez, afastando-se da flexibilidade essencial para se adaptar a um mundo em constante mudança.
A vantagem de pessoas indecisas
Imagine por um segundo uma situação comum em comédias antigas: uma pessoa escorrega em uma casca de banana. A maioria das pessoas fará um julgamento precipitado sobre a vítima e presumirá que ela é desajeitada, o que é conhecido como correspondência ou viés de atribuição fundamental. Na prática, é uma tendência atribuir um comportamento às qualidades de uma pessoa porque não levamos em consideração o contexto e não pensamos que, nessa situação, alguém possa escorregar.
Em vez disso, quando julgamos nosso comportamento, nos concentramos mais no contexto para justificar o que fizemos. É o que se chama de “preconceito egoísta” e nos ajuda a nos ver de uma forma mais favorável, pois buscamos motivos externos que sustentem nosso comportamento ou azar. Portanto, se fossemos nós que escorregássemos, é provável que não o atribuíssemos à nossa falta de jeito, mas sim, à presença da casca de banana.
Psicólogos da Universidade de Colônia analisaram esses preconceitos em pessoas indecisas e mais determinadas. Eles se perguntaram se a indecisão pode ser uma vantagem para julgar o comportamento dos outros.
Eles descobriram que as pessoas mais determinadas e não ambivalentes tendem a se apressar em fazer atribuições extremas ao julgar o comportamento dos outros, de modo que as forças entre as atribuições internas e externas são desequilibradas.
Em contraste, os indecisos e mais ambivalentes são capazes de analisar ambos os fatores e fazer atribuições mais sensatas.
Os pesquisadores sugerem que a razão pela qual os indecisos são menos propensos a esse preconceito é que “a ambivalência leva a um processamento mais amplo e à incorporação de perspectivas diversas”.
As pessoas mais indecisas “não veem o mundo como exclusivamente bom ou mau, mas mais misto e cheio de oposições avaliativas”.
Isso significa que eles pesam todas as variáveis na equação com mais cuidado, permitindo que façam julgamentos mais uniformes e equilibrados do que suas contrapartes mais determinadas.
Na verdade, ser indeciso pode nos permitir avaliar diferentes alternativas para resolver problemas, tomar decisões mais informadas e precisas e lamentar menos quando finalmente tomamos um caminho.
O preço da indecisão
No entanto, essa avaliação mais equilibrada do mundo e dos outros tem um custo.
Uma decisão rápida seria o equivalente mental de remover um band-aid de um ferimento imediatamente. Pode ser doloroso, mas passa rápido.
Para os indecisos crônicos, essa dificuldade em resolver o conflito pode criar tensão, preocupação e um estado mental negativo geral que durará até que uma decisão seja tomada.
A solução?
Desenvolva um processo de tomada de decisão adaptável, no qual não apenas leve em consideração os prós e os contras das diferentes opções, mas também se deixe levar pela intuição.
Quando se trata de decisões irrelevantes ou sem importância, não faz sentido nos colocarmos sob uma carga cognitiva e emocional desnecessariamente pesada. Nesses casos, a inteligência intuitiva pode assumir o controle.
Por outro lado, quando se trata de decisões importantes na vida, levar o tempo necessário para pesar todas as alternativas e não nos precipitarmos na decisão nos permitirá escolher com mais sabedoria.
Fonte: Schneider, IK et. Al. (2021). Benefícios de ser ambivalente: A relação entre ambivalência de traço e vieses de atribuição. British Journal of Social Psychology; 60 (2): 570–586.
*DA REDAÇÃO SAG. Com informações RT. Foto de Genessa Panainte no Unsplash
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